Aracaju (SE), 03 de julho de 2025
POR: Agência Senado
Fonte: Agência Senado
Em: 09/12/2016 às 14:48
Pub.: 13 de dezembro de 2016
Atualizada: 12/12/2016 às 12h13

CAE tenta de novo votar reescalonamento das dívidas dos estados

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deverá fazer uma nova tentativa de votar a redução das parcelas mensais das dívidas dos estados com a União, na reunião desta terça-feira (13), às 10h. Esses descontos, escalonados, ficarão menores ao longo do tempo, caindo de 94,73% em janeiro de 2017 para 5,26% em junho de 2018. A medida está prevista no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 54/2016-Complementar, de iniciativa do Executivo, que suspende o pagamento das parcelas devidas de julho a dezembro de 2016.

Armando Monteiro é o relator na CAE do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 54/2016-Complementar de iniciativa do Executivo que suspende o pagamento das parcelas devidas pelos estados à União de julho a dezembro de 2016 (Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Armando Monteiro é o relator na CAE do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 54/2016-Complementar de iniciativa do Executivo que suspende o pagamento das parcelas devidas pelos estados à União de julho a dezembro de 2016 (Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE), apresentou um substitutivo ao texto da Câmara, em que introduz várias exigências como contrapartidas para a assinatura do termo aditivo de renegociação. As principais são:

• vedar a edição de leis ou programas de concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária ou financeira;

• suspender a contratação de pessoal, exceto nas estatais não dependentes, nas reposições oriundas de vacância, na aposentadoria ou falecimento de servidores nas áreas de educação, saúde e segurança, bem como nos cargos de chefia que não elevem despesas;

• reduzir a despesa mensal com cargos de livre provimento em 10% na comparação com o mês de junho de 2014;

• limitar as despesas com publicidade e propaganda a 50% da média dos valores empenhados nos últimos três anos.

Despesas

Os estados terão também de estabelecer como limite do crescimento anual das despesas primárias correntes a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), durante os 24 meses subsequentes à assinatura do primeiro termo aditivo.

No prazo de 180 dias, serão obrigados a publicar lei complementar que institua monitoramento fiscal contínuo das contas e que limite o acréscimo da despesa orçamentária não financeira a 80% do crescimento nominal da receita corrente líquida do exercício anterior.

Os estados que aderirem à renegociação terão também de aumentar a contribuição previdenciária de seus servidores para no mínimo 14%, com implementação gradual por três anos. Além disso, deverão reformar o regime jurídico dos servidores ativos e inativos, civis e militares, para limitar benefícios, progressões e vantagens ao que é estabelecido para os servidores da União.

Prazo

A proposta estende por mais 20 anos o prazo para o pagamento dessas dívidas. Somados os prazos remanescentes, os estados terão até 50 anos para quitá-las.

Também está previsto o refinanciamento de contratos de empréstimos e financiamento celebrados até 31 de dezembro de 2015 entre as instituições públicas e os estados com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os estados serão dispensados dos requisitos para a realização de operações de crédito e concessão de garantias pela União, inclusive as exigências legais que impediriam o recebimento de transferências voluntárias.

A renegociação está condicionada à assinatura dos aditivos, no âmbito das regras estipuladas pela Lei Complementar 148/2014, e depende da desistência de ações judiciais contra a União sobre as taxas de juros aplicáveis, assunto questionado por vários estados junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

pauta completa da reunião deliberativa da CAE, que se realizará no Plenário 19 da Ala Alexandre Costa, tem 22 itens. Haverá ainda uma parte da reunião destinada a examinar relatório do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre equidade e progressividade do sistema tributário nacional.


ComfortClin: Nova Clínica Médica e Odontológica chega a Aracaju

Conheça os melhores destinos em sergipe - Pontos Turísticos

Por que Sergipe está se tornando o estado mais rico do Nordeste?

WhatsApp

Entre e receba as notícias do dia

Matérias em destaque

Click Sergipe - O mundo num só Click

Apresentação