Aracaju (SE), 04 de dezembro de 2024
POR: Assessoria COB
Fonte: Assessoria COB
Em: 03/12/2021 às 11:07
Pub.: 03 de dezembro de 2021

Janeth Arcain receberá Troféu Adhemar Ferreira da Silva

Ex-atleta prata em Atlanta 1996 e bronze em Sydney 2000 com a seleção feminina de basquete será homenageada por representar valores como ética, eficiência e espírito coletivo.

Janeth Arcain receberá Troféu Adhemar Ferreira da Silva (Fotos: Assessoria COB)

Janeth Arcain receberá Troféu Adhemar Ferreira da Silva (Fotos: Assessoria COB)

O Troféu Adhemar Ferreira da Silva tem como objetivo homenagear atletas e ex-atletas que representem os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo. E todos esses atributos remetem à Janeth dos Santos Arcain, ala-armadora da principal geração do basquete feminino do Brasil, que conquistou duas medalhas olímpicas - prata em Atlanta 1996 e bronze em Sydney 2000 – e o título mundial em 1994, dentre outros grandes títulos. Janeth receberá a homenagem das mãos da filha do Adhemar, Adyel Silva, no Prêmio Brasil Olímpico, festa de gala do esporte brasileiro organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), na próxima terça-feira, dia 7, em Aracaju (SE). 

“Fiquei muito emocionada quando recebi a notícia do presidente Paulo Wanderley. Acho que todos os valores do Adhemar me representam e acrescentaria ainda a disciplina. Receber o Troféu das mãos da filha do Adhemar, para mim, é como se ele mesmo tivesse entregando. É uma representação de todo o trabalho que a gente fez para o esporte brasileiro, passando de mãos em mãos. É mais um motivo de alegria, de orgulho e de representatividade”, disse Janeth. “Significa valorização da luta, do que a gente sempre busca, de uma sociedade mais igualitária, de atletas, principalmente negros, que representam esses valores. Estar juntos de grandes atletas e personalidades que receberam esse prêmio para mim é uma honra”, completou.

Janeth nasceu em São Paulo, em 11 de abril de 1969. E teve no Mundial de 1983, realizado no Brasil, a inspiração para começar a jogar basquete. Ao assistir a seleção no torneio, a jovem começou a sonhar que um dia poderia ser a sua vez. Teve sua primeira convocação para a seleção em 1986 e permaneceu por mais de 20 anos jogando em altíssimo nível, com quatro participações nos Jogos – disputaria ainda as edições de Barcelona 1992 e Atenas 2004 –, três medalhas pan-americanas, sendo a última em casa, e um título mundial. Ela formou um trio implacável com Paula, homenageada no Hall da Fama, e Hortência, representante da Comissão de Atletas do COB, com as quais se reencontrará no Prêmio Brasil Olímpico.

“Essa nossa geração marcou muito. Claro que toda vez que a gente se encontra é uma grande alegria porque vem demonstrando que o que a gente fez, o tripé que nós formamos é lembrado e valorizado. Estar lá com elas, ter esse reencontro, é maravilhoso porque a gente lembra o que viveu na nossa geração, as conquistas que nós tivemos, então eu sempre me sinto muito feliz, muito honrada em estar no PBO desse ano”, contou.

Em Atenas 2004, sua última participação olímpica, ficou em quarto lugar e se tornou a maior cestinha da história do torneio de basquete em Jogos Olímpicos, recorde superado apenas em 2012 pela estadunidense Lauren Jackson. Janeth é a terceira maior pontuadora da história da seleção, tendo anotado 2.247 pontos em 138 jogos oficiais, média de 16,3 pontos por jogo.

“A maior conquista que tive na minha carreira eu considero o pódio olímpico em Atlanta 1996, medalha de prata. Era um momento inesquecível, único, eu me emocionei muito, era uma mistura de alegria e tristeza. Estava vivendo um momento muito bom na minha carreira como atleta, mas a equipe que eu jogava no Brasil estava sem patrocínio. Será que aquela medalha seria uma resposta? Foi uma mistura de sensações”, explicou.

Ao longo da carreira, Janeth defendeu o Higienópolis (SP), BCN (SP), Cica/Divino/Jundiaí (SP), Constecca/Sedox (SP), Leite Moça/Sorocaba, Arcor/Santo André (SP), Vasco da Gama (RJ), São Paulo/Guaru (SP), Houston Comets (WNBA), Unimed/Ourinhos (SP) e Ros Casares Valencia (Espanha).

Janeth se aposentou da seleção e do basquete profissional após os Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, com a medalha de prata. Em 2009, decidiu transmitir o seu conhecimento às jovens atletas do país, tornando-se técnica das categorias de base da seleção feminina, onde permaneceu até 2012. Em 2016, Janeth foi escolhida para ser a prefeita da Vila Olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio. Ela também se dedica ao instituto que criou em 2002 em Santo André (SP), mas que está espalhado em outras quatro cidades do país, e usa o esporte como ferramenta para ajudar a educação de crianças e adolescentes.

O Troféu Adhemar Ferreira da Silva se junta a outras homenagens que Janeth já recebeu e mostram a sua importância para a modalidade. Em 2014, entrou no Hall da Fama exclusivamente voltado ao basquete feminino e que tem sede nos Estados Unidos pelos quatro títulos da WNBA com o Houston entre 1997 e 2005. Cinco anos depois, entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basketball (FIBA). Ela receberá a homenagem das mãos da filha do Adhemar, Adyel Silva.

“Receber o Troféu das mãos da filha do Adhemar, para mim, é como se ele mesmo tivesse entregando. É uma representação de todo o trabalho que a gente fez para o esporte brasileiro, passando de mãos em mãos. É mais um motivo de alegria, de orgulho e de representatividade”, completou Janeth.

PBO 2021 e Hall da Fama
Chegando à 22ª edição, o Prêmio Brasil Olímpico será realizado no próximo dia 07/12, em Aracaju, e vai ter outras homenagens. Quatro ídolos do esportes terão a cerimônia de entrada no Hall da Fama realizada: Magic Paula, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996; Sebastián Cuattrin (canoagem velocidade), 11 medalhas em Jogos Pan-americanos; e os já falecidos Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), bicampeão olímpico no salto triplo; e Tetsuo Okamoto (natação); primeiro medalhista olímpico da natação brasileira: bronze nos 1.500m livre, em Helsinque 1952.

A maior premiação anual do esporte olímpico brasileiro relembrará a histórica campanha do Time Brasil em Tóquio 2020. Além dos 51 melhores atletas de cada modalidade, todos os atletas medalhistas serão convidados a subir ao palco para a recepção de troféus especiais e homenageará. Concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano: Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Rebeca Andrade (ginástica artística) e Rayssa Leal (skate), no feminino; Hebert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) e Italo Ferreira (surfe) no masculino. 

Haverá a entrega dos troféus de Melhores Treinadores do Ano para André Jardine (futebol), nas modalidades coletivas; Fernando Possenti (maratonas aquáticas), Francisco Porath (ginástica artística), Javier Torres (vela), Lauro Souza (canoagem velocidade) e Mateus Alves (boxe), nas individuais. Neste ano, pela primeira vez serão 20 concorrentes ao prêmio Atleta da Torcida, sendo dez mulheres e dez homens. Veja todos os indicados e os perfis deles em https://pbo.cob.org.br/. A votação se encerra durante o prêmio, no dia 7.

E ainda haverá duas novidades: o Troféu TIM Transforma, para projetos que transmitam os Valores Olímpicos, e o Troféu Inspire, uma homenagem da Riachuelo às mulheres de destaque no Movimento Olímpico do Brasil.

Homenageados com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva
2001 – Nelson Prudêncio - Atletismo
2002 – João Gonçalves Filho - Natação e Polo Aquático
2003 – Amaury Antonio Passos - Basquete
2004 – Maria Lenk - Natação
2005 – Agberto Guimarães - Atletismo
2006 – Aída dos Santos - Atletismo
2007 – André Gustavo Richer - Remo
2008 – João Havelange - Natação e Polo Aquático
2009 – Joaquim Cruz - Atletismo
2010 – Eder Jofre - Boxe
2011 – Bernard Rajzman - Vôlei
2012 – Hortência – Basquete
2013 – Torben Grael – Vela
2014 – Vanderlei Cordeiro de Lima – Atletismo
2015 – Gustavo Kuerten - Tênis
2016 – Bernardinho – Vôlei
2017 – Lars Grael – Vela
2018 – Jackie Silva – Vôlei de Praia
2019 – Oscar Schmidt – Basquete
2021 – Janeth Arcain - Basquete

Sobre o COB
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) é uma organização não governamental, filiada ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que trabalha na gestão técnica, administrativa e política do esporte nacional. A missão do COB é desenvolver e representar com excelência o esporte de alto rendimento do Brasil, trabalhando na melhoria de resultados esportivos do Time Brasil, elevando a maturidade de gestão do COB e Confederações filiadas e fortalecendo a imagem do esporte olímpico brasileiro. É dever do COB ainda proteger e promover os valores olímpicos em território nacional.

Ao longo de seus 107 anos de existência (fundado em 8 de junho de 1914), o COB já levou o Brasil à conquista de 150 medalhas em Jogos Olímpicos (37 de ouro, 42 de prata, 71 de bronze) e 37 medalhas em Jogos Olímpicos da Juventude (11 de ouro, 15 de prata e 11 de bronze).

Airbnb, Alibaba Group, Allianz, Atos, Bridgestone, Coca-Cola, Intel, Omega, Panasonic, P&G, Samsung, Toyota e Visa são Patrocinadores Olímpicos Mundiais (programa TOP do Comitê Olímpico Internacional). O COB tem o patrocínio das empresas: Peak, Prevent Sports, TIM e XP - Patrocinadores Oficiais; Aliansce, Havaianas e Riachuelo - Apoiadores Oficiais; Ajinomoto e BRW - Parceiros Oficiais; e Boali, Max Recovery, Persono e Wöllner - Fornecedores Oficiais.

O COB possui também parceria com as Loterias Caixa, que, conforme previsto por lei, repassam 1,7% do valor apostado em todas as loterias federais do país para investimento no esporte olímpico brasileiro, e com a Match Hospitality AG - Revendedora de Ingresso e Pacote Oficial para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.


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