Jogos da Juventude 2022 chegam ao fim com sucesso na organização e comprometido com o desenvolvimento do esporte nacional
Em novo formato, evento realizado pelo COB apresentou uma série de inovações e foi transmitido pela primeira vez ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil.
Jogos da Juventude 2022 chegam ao fim com sucesso na organização e comprometido com o desenvolvimento do esporte nacional - Foto: Assessoria COB
E os Jogos da Juventude Aracaju 2022 chegaram ao fim. Neste sábado, 17 de setembro, foram disputadas as últimas competições (basquete, handebol, ginástica rítmica e judô) e distribuídas as últimas medalhas. Terminado o evento – após 16 dias de competições e uma experiência incrível de convivência entre mais de 4.100 jovens de 1.856 escolas dos 27 estados do país –, os Jogos foram considerados um sucesso pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Entre os diversos pontos positivos, o novo formato, reunindo em uma única edição os melhores atletas do país com idade até 17 anos em 16 modalidades.
Após dois anos de um hiato forçado devido à pandemia da covid-19, o evento voltou repaginado e cheio de ineditismo. Pela primeira vez na história, as competições foram transmitidas ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil. O Centro de Avaliação e Monitoramento, implementado em Blumenau 2019, foi ampliado e desta vez avaliou mais de 4 mil atletas que passaram pelos Jogos da Juventude 2022 marcou também a estreia da ginástica artística e taekwondo no programa dos Jogos e apresentou a mascote Bamba, que deu um show de carisma e interação com os jovens atletas.
Outra novidade foi a instalação de uma área médica, dentro do Centro de Convivências, com serviços semelhantes aos oferecidos pelo COB em grandes missões do Time Brasil. Destaque também para outras ações inéditas do COB, dentre elas palestras da área Mulher no Esporte sobre a importância da igualdade e da equidade de gênero.
“Concretizar um evento de sucesso como esse, após dois anos sem que pudéssemos realizá-lo, é muito especial para o Comitê Olímpico do Brasil. Temos certeza de que oferecemos aos atletas um serviço de excelência. Estiveram aqui mais de 4 mil atletas, dos 27 estados, que disputaram 16 modalidades em 14 instalações esportivas. O novo formato por seleções nas modalidades coletivas oferece a oportunidade do estado ser representado pelos melhores atletas, elevando o nível técnico da competição”, comentou Kenji Saito, diretor de Desenvolvimento e Ciências do Esporte do COB, área responsável pelos Jogos da Juventude.
Entre os destaques esportivos de 2022 estiveram a mesatenista Victoria Strasburguer (RS), a judoca Bianca Reis (DF) e a ciclista Catherine Ferreira (PR). No atletismo, Ângelo Miguel Conceição (ES) ganhou os 100m e os 200m. Entre as mulheres, Julia Rocha Ribeiro (PR) foi campeã dos 200m e dos 400m. Os paranaenses Ana Carolina Ghellere e Cauê Gluck, com nove e sete medalhas respectivamente, foram os maiores vencedores da natação. Na ginástica artística, estreante no programa dos Jogos, brilharam Josiany Calixto (PR), com cinco ouros, e José Denisson (RS) que subiu seis vezes ao pódio. Já na rítmica, Maria Eduarda (PR) brilhou com a conquista do ouro no individual, maças, arco e equipes.
Estes foram alguns atletas mapeados no Centro de Avaliação e Monitoramento, um dos pontos altos do evento. Implementado pelo COB em Blumenau 2019, foi totalmente ampliado na capital sergipana. Mais de 4 mil atletas passaram pelo local e tiveram seus dados referentes ao perfil físico e motor registrados por profissionais do Laboratório Olímpico do COB, entre preparadores físicos, fisioterapeutas, e profissionais de análise de desempenho.
Paralelamente ao trabalho feito no Centro de Avaliação, 27 observadores técnicos estiveram presentes nas competições. Profissionais que exercem funções variadas nas confederações brasileiras, como treinadores, assistentes técnicos, analistas de desempenho, gestores, entre outros, acompanharam de perto os atletas de destaque que mostraram potencial nos Jogos, assim como contribuíram na capacitação dos treinadores.
"Além do processo de observação das disputas esportivas, os profissionais das confederações realizaram diversas ações como palestras, mesas-redondas e treinamentos aproveitando a presença de treinadores e atletas de todos os cantos do Brasil que estiveram aqui. Foi uma grande oportunidade de intercambio esportivo para todos", explicou Kenji.
Pela primeira vez na história, as competições dos Jogos da Juventude foram transmitidas ao vivo, por streaming, pelo Canal Olímpico do Brasil. Os números falam por si só: 50 eventos ao vivo; mais de 50 horas de transmissão; 80 profissionais envolvidos; 80 mil visualizações; 40 mil visitantes únicos; tempo médio assistido de 11 minutos e mais 20.000 novos cadastrados no Canal Olímpico do Brasil. O canal também contou com um estúdio próprio, onde foram realizadas entrevistas com atletas que se destacavam. Outra novidade foi o lançamento do aplicativo dos Jogos, com informações relativas ao evento, como provas, horários das competições, quadro de medalhas e link de fotos.
Fontes de inspiração, os Embaixadores dos Jogos da Juventude desempenharam um papel muito importante durante o evento. Um time de sete estrelas do esporte nacional foi convocado pelo COB para interagir e compartilhar suas experiências com a nova geração do esporte nacional. As campeãs olímpicas Ana Marcela Cunha, Rebeca Andrade e Sarah Menezes, além de Janeth Arcain, Juliana Felisberta, Letícia Oro e Natalia Falavigna acompanharam as competições, entregaram medalhas e participaram de bate-papos. Além de muitas selfies, é claro. O viés educativo dos Jogos também foi valorizado com as presenças dos professores embaixadores Artur Neto (física) Carol Mendonça (português) e Rodrigo Sacramento (matemática).
A complexa organização dos Jogos da Juventude, que envolveu mais de 6.000 pessoas, gerou números impressionantes. Em termos de estrutura, 14 instalações esportivas foram utilizadas, além de 19 hotéis, que foram impactados com mais de 32 mil diárias ao longo do evento. Um grande refeitório foi montado com capacidade para atender 800 pessoas simultaneamente e serviu em mais de 60 mil refeições ao longo dos dias. Foram consumidas mais de quatro toneladas de arroz, duas toneladas de feijão, e 20.160 ovos, por exemplo. Mais de 250 voluntários participaram do evento atuando nas mais diversas áreas funcionais da organização. Foram utilizados 53 carros, 21 vans e mais de 70 ônibus na operação.
Em relação ao entretenimento dos atletas, uma personagem especial estreou nos Jogos da Juventude. A jaguatirica Bamba, nova mascote do evento, passeou pelo Centro de Convivências e locais de competição, divertindo todos à sua volta. Pequenos bonecos de pelúcia inspirados na mascote foram entregues aos medalhistas de ouro.
No Centro de Convivências, por sinal, considerado o coração dos Jogos, diversas atividades foram oferecidas aos atletas. Na programação, premiações dos Jogos num palco montado, onde também houve apresentações de teatro (com temas de esporte seguro e mulher no esporte, por exemplo) e de artistas locais, entre eles quadrilhas juninas, repentistas e banda de pífano. Além disso, diversos espaços interativos com ativações específicas do Comitê Olímpico do Brasil e parceiros. Houve ainda uma exposição com os mascotes das edições dos Jogos Olímpicos de Verão, biblioteca, escape room com tema de sustentabilidade e clínicas de experimentações esportivas – no caso, basquete 3x3, esgrima e hóquei sobre grama.
Também no Centro de Convivências, várias ações realizadas pelo COB, e que ocorrem ao longo do ano, foram apresentadas aos jovens atletas. Os programas Mulher no Esporte, Transforma (que impactou mais de 550 crianças), Esporte Seguro e Combate ao Doping permitiram aos competidores assistir a vídeos, palestras e explicações minuciosas de especialistas nos assuntos. Uma cartilha sobre a Mulher no Esporte foi distribuída para todos.
Os Jogos também tiveram novidades em relação à área médica. Foram disponibilizados, pela primeira vez, serviços médicos para todos os competidores, similares aos que são oferecidos aos atletas do Time Brasil em grandes eventos multiesportivos, como os Jogos Olímpicos ou Jogos Pan-americanos. Todas as delegações foram atendidas.
Os Jogos da Juventude 2022 foram uma realização do Comitê Olímpico do Brasil, com apoio do governo do estado de Sergipe, por meio da Superintendência Especial de Esporte. As próximas edições dos Jogos já estão confirmadas e serão realizadas nas cidades de Ribeirão Preto (2023), interior de São Paulo, e Blumenau (2024), em Santa Catarina.
Sobre o COB
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) é uma organização não governamental, filiada ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que trabalha na gestão técnica, administrativa e política do esporte nacional. A missão do COB é desenvolver e representar com excelência o esporte de alto rendimento do Brasil, trabalhando na melhoria de resultados esportivos do Time Brasil, elevando a maturidade de gestão do COB e Confederações filiadas e fortalecendo a imagem do esporte olímpico brasileiro. É dever do COB ainda proteger e promover os valores olímpicos em território nacional.
Ao longo de seus 108 anos de existência (fundado em 8 de junho de 1914), o COB já levou o Brasil à conquista de 150 medalhas em Jogos Olímpicos (37 de ouro, 42 de prata, 71 de bronze) e 37 medalhas em Jogos Olímpicos da Juventude (11 de ouro, 15 de prata e 11 de bronze).
Airbnb, Alibaba Group, Allianz, Atos, Bridgestone, Coca-Cola, Deloitte, Intel, Omega, Panasonic, P&G, Samsung, Toyota e Visa são Patrocinadores Olímpicos Mundiais (programa TOP do Comitê Olímpico Internacional). O COB tem o patrocínio das empresas: Peak, New On e XP - Patrocinadores Oficiais; Riachuelo - Apoiador Oficial; Boali e MAX Recovery - Fornecedores Oficiais.
O COB possui também parceria com as Loterias Caixa, que, conforme previsto por lei, repassam 1,7% do valor apostado em todas as loterias federais do país para investimento no esporte olímpico brasileiro.