Aracaju (SE), 29 de abril de 2025
POR: redação via IA
Fonte: Estadão
Em: 28/04/2025 às 16:27
Pub.: 28 de abril de 2025

Governo Lula nomeou 323 aliados políticos para conselhos de estatais ou empresas privadas com participação da União

Lula - Foto: Ricardo Stuckert / PR

Nomeações realizadas pelo governo Lula

O governo nomeou 323 aliados políticos para conselhos de estatais ou empresas privadas com participação da União.
Esses conselhos são órgãos de decisão estratégica e, em teoria, exigem conhecimento técnico.

Nomeados incluem:

Ministros de Estado
Secretários-executivos
Chefes de gabinete
Assessores do Planalto
Servidores comissionados
Dirigentes e ex-parlamentares do PT
Aliados de partidos da base no Congresso

Renda complementar através de jetons

Os conselheiros recebem jetons, remuneração extra paga apenas pela participação em reuniões periódicas.
Os ganhos adicionais podem fazer os contracheques ultrapassarem R$ 80 mil mensais.
Essas remunerações não contam como salário e não sofrem o mesmo teto do funcionalismo público.

Exemplos de nomeações polêmicas
Débora Raquel Cruz Ferreira: Jornalista, chefe de gabinete na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).
Nomeada para o conselho da EMGEPROM (empresa da Marinha, do setor militar naval).
Lucas Monteiro Costa Dias: Bacharel em História, assessor político, sem experiência em mercado financeiro.
Nomeado para o conselho fiscal da Caixa Cartões (subsidiária da Caixa Econômica Federal).
Felipe Matos: Secretário de Desenvolvimento Econômico de Recife (PE).
Nomeado para o conselho da Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (Codern), apesar de não ter ligação direta com o setor portuário.
Anielle Franco: Ministra da Igualdade Racial, formada em Letras.
Nomeada para o conselho de administração da Tupy (multinacional da área metalúrgica).

Ministros ocupando conselhos
Itaipu Binacional (pagamento de R$ 34 mil por reunião):
Fernando Haddad (Fazenda)
Rui Costa (Casa Civil)
Alexandre Silveira (Minas e Energia)
Esther Dweck (Gestão)
Mauro Vieira (Relações Exteriores)

Sistema S:
Luiz Marinho (Trabalho) e Alexandre Padilha (Saúde) são conselheiros fiscais no SESC.
Camilo Santana (Educação) atua no conselho do SENAC.

Outras participações:
Simone Tebet (Planejamento) no conselho da Elo Serviços.
Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) no conselho da Brasilprev.
Sônia Faustino Mendes (Comunicações, interinamente) no conselho dos Correios.

Base aliada do Congresso contemplada
Nomeações de assessores ligados a líderes do Legislativo:
Ana Paula de Magalhães (gabinete de Davi Alcolumbre) na PPSA e Caixa Loterias.
Micheline Xavier Faustino (assessora de Rodrigo Pacheco) na PPSA e Eletronuclear.
Mariangela Fialek (ex-assessora de Arthur Lira) no conselho da Brasilcap.
Fábio Coutinho (chefe de gabinete do senador Otto Alencar) no conselho da Nuclep.

Lideranças do PT também ocupam cargos:
Gleide Andrade (tesoureira do PT) no conselho da usina de Itaipu.
Jorge Ricardo Bittar e Maurício Quintella Lessa em conselhos da Telebrás e IRB, respectivamente.

Análises e críticas de especialistas
Sandro Cabral (Insper): Considera que há brechas na legislação permitindo nomeações políticas.
Critica o uso dos conselhos como forma de complementar salários e fortalecer a base política.
Luis André Azevedo (FGV-SP): Embora a Lei das Estatais permita indicações diversas, defende que o princípio da eficiência pública deveria ser mais rigoroso.
Aponta a falta de critérios técnicos mínimos como preocupante para a qualidade das decisões nas estatais.

Ambos destacam que: Em empresas privadas, os conselhos exigem alto grau de formação e experiência.
A prática política fragiliza a profissionalização da gestão pública.

Justificativas do governo
O Palácio do Planalto defende que: As indicações respeitam as exigências da Lei das Estatais.
Conselhos com diversidade de formação promovem melhores práticas de governança corporativa.
Conselheiros indicados têm "experiência na gestão institucional" e podem contribuir de maneira estratégica.

Indicações contemplam integrantes do governo, dirigentes partidários e apadrinhados do Congresso, e salários chegam a R$ 80 mil; governo diz que segue a lei e indicados responderam por meio dos ministérios 

Matéria extraída do estadão, via IA. Confira matéria completa AQUI


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