Aracaju (SE), 04 de dezembro de 2024
POR: José Lima Santana - jlsantana@bol.com.br
Fonte: José Lima Santana
Pub.: 02 de fevereiro de 2016

Segurança Pública em Sergipe e as Mudanças no governo de Jackson Barreto

Política, Etc. & Tal  ::  Por José Lima Santana

José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br

 

Jos Lima Santana (Fonte: ClickSergipe)

Jos Lima Santana (Fonte: ClickSergipe)

O sitio em Atibaia

Os que são contra Lula, querem vê-lo preso. Os que o defendem, o consideram um injustiçado. Quanto ao sítio em Atibaia, que é de Lula, mas não é de Lula (eu acho isso tudo tão engraçado, quanto um arlequim dos antigos carnavais), antes que o ex-presidente seja preso, como querem uns, ou se torne um mártir, como almejam outros, eu, enfim, desvendo o caso.

O sítio não é de Lula ou de alguém de sua família. O sítio é meu. Só falta alguém me entregar a escritura. Registrada. Que não seja a Odebrecht! E que não me apareça o japonês da PF.

 

Quanto aos tucanos...

Esses pássaros coloridamente emplumados e de bicos compridos, são um caso sério. Não sabem o que fazer. Já perceberam que o impeachment contra a senhora presidenta (!?) não sai. Agora, querem vê-la sangrar. Não tenho partes com Dilma, e não quero partes com esses pássaros que, como os “estrelados”, também fizeram das suas, ou permitiram que o fizessem. Farinha do mesmo saco. O que muda mesmo é o tipo do saco. O de uns é de estopa. O de outros é de aniagem.

 

Segurança Pública em Sergipe

Ou a cobra fuma, ou o fumo engole a cobra. Vôte! No meu ponto de vista, o governador Jackson Barreto deve descascar esse abacaxi. Mendonça? Yunes? O povo sergipano é que não pode se arrombar, como diria o sempre lembrado Wellington Elias.

 

A insegurança corre solta

Enquanto os figurões brigam, o povo se ferra. A insegurança campeia. Até os parentes do governador entraram na ciranda da insegurança. E dentro de casa. Mas, o que aconteceu em Glória, no fim de semana, poderia acontecer com qualquer um, e em qualquer lugar. A bandidagem age e coage. Antes, quem agia e coagia, na base da lei, era o Estado. Em qualquer lugar, o Poder Público já foi muito mais acreditado. Hoje, em qualquer plaga, bandido come, arrota e bufa, nas narinas do povo e das autoridades. Como dizia o bordão de um consagrado humorista do passado recente: “É bonito isso?”.

 

Mudanças no governo de JB

Quais serão as mudanças que Jackson Barreto anunciará? Fala-se na SSP, no comando da PM, na Saúde (por conta da pré-candidatura de Zezinho Sobral), na CODISE, na ADEMA por tabela. Mais alguma mudança? Pode ser que sim. Indústria e Comércio?

Almeida Lima será secretário. Está certo. Da Saúde? Até uns dias atrás, seria o mais provável. Agora, fala-se também que ele pode ir para a SSP. Em tese, é menos provável. Contudo, diante das circunstâncias, tudo pode acontecer. Certo mesmo é que Almeida enfrenta resistências de membros (ou de um membro) do governo. O governador, porém, chama-se Jackson Barreto. Ponto final.

 

A corrida pré-eleitoral já está bombando

E viva a “politicada” toda! O pré-candidato Valadares Filho com os Mitidieri. Somente em 2016? Não há acordo firmado para 2018? Alguém acredita nisso? Eu. Eu acredito. Não há porque duvidar da palavra de quem afirmou isso. Vocês, leitores, ou alguns de vocês, acham que eu sou ingênuo? “PelamordeDeus”, minha gente! É claro que eu não entendo de política. Não da política sergipana. Não dessa forma modernosa de fazer política. Um diz daqui, outro diz dali. E ninguém diz nada. Quanto ao povo...? Tadinho do povo! – como dizia outro comediante.

 

Está bombando I

Edivaldo Nogueira mostrou-se contra o acordo entre Valadares e Mitidieri (o PSD racha?). Para ele, houve precipitação. Deveria ter-se esperado que o governador Jackson Barreto desse o tiro de largada. O ex-prefeito de Aracaju também disse que não estaria certo JB impor um pré-candidato de goela abaixo. No caso, Zezinho Sobral. Para Edivaldo, só serve Edivaldo? Se for assim, ele está mais do que certo. Se ninguém o defende e o valoriza, ele se defende e se valoriza, “ora bolas”, como diria o saudoso jornalista Jurandir Cavalcante. Em tempos de crise, farinha pouca, meu pirão primeiro!

 

Bombando II

Zezinho Sobral e Eliane Aquino, como pré-candidatos? Teriam chances? Vendo-se hoje, não. Porém, a campanha só começará daqui a uns meses. Dará tempo para decolar? Hum... Com o grupo contrário a João Alves se dividindo? Imaginemos três pré-candidatos do mesmo agrupamento contra João: Valadares Filho, Edivaldo Nogueira e Zezinho Sobral. Seria uma boa estratégia? O segundo turno estaria garantido? Eu até acho que sim. Todavia, os outros dois que sobrassem se uniriam no segundo turno, em torno do terceiro do grupo, que fosse para o segundo turno, ou João poderia abocanhar um deles? Afinal, o que é a política tupiniquim, senão uma das mais macabras artes do tinhoso? Em cemitério de pobre, osso de defunto não tem nome. Nem dono.

 

E como será a campanha eleitoral?

Ufa! Ainda bem que foi encurtada. Sabiamente. Mesmo assim, não vai dar para aguentar o programa televisivo ou radiofônico de João chamando Valadares Filho, mais uma vez, de menino. Ou chamando Edivaldo de... Sei lá de quê! Ou chamando Zezinho Sobral de burocrata ou coisa que o valha (seria assim mesmo?). E como todos chamarão João? De ultrapassado? De megalomaníaco? De inoperante?

Ninguém vai aguentar! Ainda bem que eu não vejo o programa eleitoral gratuito. Não via nem quando fui Juiz do TRE-SE.

Tijolada por tijolada, eu prefiro ver, em DVD, dentre outros filmes, “Vampiros da meia-noite”, título brasileiro para o filme “London After Midnight”, de 1927, que é considerado o primeiro longa-metragem norte-americano tendo o vampirismo como tema. Os candidatos não são vampiros, mas os programas são sempre de terror.

 

Guerra suja

É o que promete ser o programa eleitoral gratuito. Basta tomar como exemplo o que tem rolado nas emissoras de rádio, quando se ataca João, ou se defende João. Quando se ataca JB ou se defende JB. Só que JB não será candidato a prefeito. João, sim. Frontalmente, João será vidraça. O governo de JB também será vidraça. Porém, a vidraça de João será maior. E, portanto, tenderá a receber mais pedras. O eleitor poderá não querer mais João Alves Filho. Ou poderá optar por não entregar tudo ao mesmo grupo político. Em outubro nós saberemos. Será cada batalha! E cada “contra-batalha”! Leiam as entrelinhas.

 

As notas e comentários publicadas nesta coluna são de responsabilidade integral do seu autor e não representam necessariamente a opinião deste site.

(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.

jlsantana@bol.com.br


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