Luciano Pimentel é uma voz equilibrada nesta hora política
Deputado estadual Luciano Pimentel (Foto: Reproduo/Internet)
*Matéria recebida em 16/04/2016
Neste momento de tensão política, e a 24 horas antes de a Câmara Federal admitir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, PT, o deputado estadual Luciano Pimentel, faz reflexões prudentes e pertinentes. Ele é uma voz equilibrada, sem espaços para ranços ou ódios políticos. Um político aberto às razões da democracia. Veja alguns dos seus pontos de vistas.
# “O impedimento de Dilma Rousseff não deve gerar um apartheid no Brasil. O impeachment não é golpe. É um rito previsto na Constituição do país”
# “A presidente da República foi extremamente incapaz politicamente. Ela, quando assumiu no primeiro mandato, abandonou Lula. Na reeleição, estava ruim e foi buscar Lula para ajudar a se reeleger. Se reelegeu e o abandonou novamente. Quando é agora, que está caindo, ela vai de novo resgatar o ex-presidente - e isso eu ouvi de uma pessoa forte do PT de São Paulo”.
# “Nada disso estaria acontecendo se a presidente da República tivesse um mínimo de condição de acesso pela classe política. Eu vi no PP deputados dizendo o seguinte: ‘Eu sempre fui da base, e ela me desrespeitava. Agora, vem pedir meu apoio”’.
# “Eu reputo o Governo do presidente Lula como um grande Governo. Muitas realizações foram feitas no nosso país por ele, e a classe política reconhece a ascensão que as classes menos favorecidas tiveram nos dois mandatos dele, fato que não ocorreu com a presidente Dilma”, disse Luciano.
# “O Governo dela é fraco, sem interlocução com a classe política, sem interlocução com a sociedade e muito do que está acontecendo hoje, no capítulo fragilidade do Governo, de ter pedido apoio, é exatamente por falta dessa habilidade política dela”.
# “Acho muito bonita manifestação em favor da presidente Dilma. Deve ser feita. É democrático isso. Todos têm de ter seu espaço diante deste fato. Mas não significa dizer, também, que o do outro lado não, ‘porque é o branquinho, porque é o riquinho’. Eu não vejo desta forma. Não podemos criar no nossos país um apartheid. Uma segregação”.
# “Não podemos aceitar a visão de que quem é a favor do Governo hoje é anti-golpista, é democrata. E a de que quem é contra, é reacionário, é fascista. Não podemos ir por aí. Nós temos que discutir é a integração dos povos, e não a separação”.
# “Temos que ir para a luta e para a discussão das ideias. Um grupo pensa de uma forma; outro, de outra. Quem está certo? A maioria. Hoje, todas as pesquisas indicam que a maioria da população do Brasil não está satisfeita com o Governo. Está favorável a um processo de afastamento da presidente da República, seja pelo impeachment ou pela renúncia”.