Aracaju (SE), 23 de novembro de 2024
POR: José Lima Santana - jlsantana@bol.com.br
Fonte: José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br
Pub.: 24 de abril de 2015

Terceirização no magistério? - Amorim no PSDB? - Gilmar com um pé na Barra? - Márcio sendo caçado?

Política, Etc. & Tal  ::  Por José Lima Santana

José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br


Jos Lima Santana - Foto: ClickSergipe

Jos Lima Santana - Foto: ClickSergipe

Terceirização no magistério montalegrense

Ora, não sei por que a celeuma em torno da notícia de que professores da rede estadual de ensino, em Monte Alegre de Sergipe, estariam terceirizando a atividade docente que lhes compete. Primeiro, se for verdade, os mestres dali estariam apenas antenados com o que está rolando no Congresso Nacional. Aplausos para eles. Segundo, estariam produzindo distribuição de renda. Aplausos dobrados para eles.

Porém... Ninguém na escola sabia disso? A direção não sabia? Ninguém teve coragem de denunciar, antes? Corporativismo, compadrio foi o que houve? Já dizia Adam Smith, em a “Riqueza das Nações”, publicada em 1775, que, na Inglaterra daquele tempo, os professores erravam, mas não eram punidos pelos dirigentes, porque estes, quando deixassem as direções das escolas, poderiam também ser punidos por suas faltas. Muitos erravam, mas ninguém punia e ninguém era punido.

Não dá para engolir isso, caso o fato se concretize depois da devida apuração. Aplausos? Coisa nenhuma! Tem ensino que melhore e que resista a uma bagaceira dessa? Oxalá não seja verdade. Providências aí, ô secretário Jorge Carvalho!

 

A mãe do governador

As homenagens que o governo do estado vem tributando à mãe do governador Jackson Barreto, D. Neuzice Barreto de Lima, no centenário de seu nascimento, são merecidas. Não porque se trata da mãe do governador, mas porque se trata de uma professora e, mais ainda, de uma professora que sofreu perseguições políticas, como eram comuns nas décadas de 1940 e 1950, infelizmente. Transferir um servidor público daqui para ali e dali para acolá era uma farra. D. Neuzice passou por isso. Merece, sim, homenagens, viu periquitos de plantão?

 

Eduardo Amorim no PSDB

Línguas de trapo dizem que a quase certeira ida do senador Eduardo Amorim para o ninho tucano, que, diga-se de passagem, é bem mais aconchegante do que o ninho do peixinho (PSC) é por conta dos contatos do irmão Edivan Amorim com tucanos mineiros, ninho político do tucano mor, neste momento, Aécio Neves. Pode não ser nada disso, ou não ser apenas isso. Sei lá.

O certo mesmo é que o tucanato precisa começar a se articular melhor em todos os estados, especialmente no Nordeste, que, ao lado, do próprio chão de Aécio, deu uma vitória esmagadora a Dilma (que, coitada, está mais perdida, politicamente, do cego em tiroteio cruzado). Além disso, um senador a mais na bancada tucana é importantíssimo.

E aqui? O recado está dado: Amorim controlará o partido. Certo. É ele quem tem mandato federal. Machado ficará no PSDB? Um político interiorano me disse, ontem à tarde, que Machado poderá ficar e continuar sendo o vice de João, na chapa de 2016. Isso seria um acerto. Ora, como Amorim e Machado são itabaianenses, esse acerto não seria de todo impossível. Em terra de ceboleiros, tempero é o que não falta. Vamos aguardar os desdobramentos aí, cambada!

 

Márcio Macedo sendo caçado

Pois não é que tem órgãos da imprensa do sudeste dando uma de caça às bruxas, desentocando a “ficha” do novo tesoureiro do PT, o ex-deputado federal Márcio Macedo? Essa turma não dorme em serviço. Um petista local me disse que Márcio passará ao largo das “investidas”. Virá rebuliço aí, minha gente?

 

Tá tudo tão morno...

Em abril de 2011, um ano e seis meses antes da eleição municipal de 2012, João Alves Filho já despontava como pré-candidato praticamente imbatível. Agora, no mesmo período, ninguém está assoviando e chupando cana. Nem João. Longe disso. Em qualquer lado para o qual se possa olhar, por enquanto, só dá bola murcha. E com bola murcha tem jogo que preste aí, moçada?

 

Gilmar Carvalho com um pé na Barra

O sujeito está entusiasmado, mas cauteloso. E faz bem. É preciso sopesar as coisas, direitinho. Mas, Gilmar Carvalho está juntando peças, estudando o tabuleiro, reforçando os flancos. Ele ainda não se diz pré-candidato a prefeito. Em política tudo tem o seu tempo. Até porque tem também o tempo do calendário eleitoral. De qualquer forma, se um dia ele candidatar-se, seja lá onde for a um cargo executivo, poderá causar, no mínimo, um “calor de figo”, como a gente diz no interior. Os adversários que se cuidem. Dizem que já tem gente com o olho piscando (eu disse o “olho”, viu?). Bote a jiripoca pra piar, aí, Cancão, e olho bem aceso, que coruja usa óculos!

 

Eduardo Cunha dá as cartas

O cabra pode ser o que for, ou seja, o que alguns dizem que ele é. Mas, na verdade, ele é bom na articulação dentro da Câmara dos Deputados. E vai continuar infligindo derrotas ao governo federal. Acuada, a presidente Dilma não conseguiu o que queria com a designação do vice-presidente, Michel Temer, para comandar a ação política junto ao Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deita e rola, está acunhando pra valer. E, cada vez mais, o governo de Dilma se enrola politicamente. Desça dos tamancos, aí, Dilma!

 

Pedidos por Jackson e João

Dois amigos, um de cada lado, inocentemente me pediram para não cutucar Jackson Barreto e João Alves. Deve ser por conta de minha última investida no ClickSergipe, o “Política, etc. e tal”, do início da semana. Eles não são políticos, nem piolhos-de-saco-de-político. Não são chatos. São apenas eleitores, simpatizantes de um e de outro.

Eu lhes disse que ficassem tranquilos. Eu cutucar o governador e o prefeito da capital? Nem pensar. Eu os respeito muito. E, pessoalmente, não tenho o que dizer dos dois “pestes”, do Negão e de JB.

Todavia, se pintar alguma coisinha na gestão de João ou de Jackson, que mereça os meus pitacos, eu pitacarei. De leve. Pitacar é neologismo, viu amigos?

 

Vende ações da PETROBRAS

Depois da divulgação do balanço da PETROBRAS, uma amiga de infância, viúva de um petroleiro, quer vender umas ações da empresa que já foi o maior orgulho nacional, que ela achou no fundo de uma gaveta do guarda-roupa. Não são muitas, mas nos bons tempos, valiam alguma coisa. Hoje, talvez dê para comprar uns dois ou três beijus de tapioca. Vai uma comprinha de ações aí, amigos investidores?

As notas e comentários publicadas nesta coluna são de responsabilidade integral do seu autor e não representam necessariamente a opinião deste site.

(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.

jlsantana@bol.com.br


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