Emília Côrrea critica o parcelamento dos salários e diz que falta sensibilidade do executivo
Vereadora Emília Côrrea (Foto: Cesar de Oliveira/Assessoria Emília Côrrea)
Para a parlamentar, o projeto de lei é uma falácia da administração municipal. “Os servidores clamaram e já tinham o apoio da maioria dos vereadores na Casa para colocar a matéria em discussão, mas foram atropelados. As entidades de classe, legitimamente, ocuparam as galerias reivindicando o básico do básico previsto na Constituição, no entanto, o que prevaleceu foi uma bancada de situação tutelada pela administração. Os salários são intocáveis e essa administração está dando claros sinais que irá na contramão ao que pregou durante a campanha”, criticou Emília.
Em uma votação histórica e frenética o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, enviou para o Legislativo Municipal, em caráter de urgência, o Projeto de Lei 25/2017, que concede abono vencimental especial, de caráter indenizatório e transitório aos servidores públicos, ativos ou inativos, aos empregados públicos da administração pública municipal e aos pensionistas pagos pelo tesouro do Município ou pelo Instituto de Previdência do Município de Aracaju. Passado por todas as instâncias na Câmara, o PL foi sancionado pelo executivo.
Segundo Emília, diversas categorias do setor de saúde vinham realizando amplo debate com os parlamentares para manifestar sua insatisfação. “Mesmo diante do apelo dos servidores e das entidades sindicais, a proposta de parcelamento foi aprovada demonstrando a sua intransigência”, lamenta.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed/Se), João Augusto Alves de Oliveira, houve um desrespeito para com os servidores e a modalidade de empréstimo fere os princípios constitucionais, por isso, foi mantida a greve. “Tínhamos os votos suficientes para que a emenda, que previa o parcelamento em cinco vezes, fosse aprovada, mas alguns parlamentares foram na contramão da palavra e, no momento da votação, fizeram o contrário. Diante do espetáculo, decidimos pela manutenção da greve da categoria", disse indignado.
"Saímos muito entristecidos com o resultado, pois queríamos o pagamento integral, mas depois negociamos para quatro vezes e chegamos a cinco parcelas. Já tínhamos avançado e alguns vereadores já haviam se manifestado favoráveis, mas lamentavelmente observamos uma cena patética", criticou a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (Seese), Shirley Marshal Díaz Morales.