Professor Bittencourt pede à categoria médica o fim da greve na Rede Municipal
Vereador Professor Bittencourt (Foto: César de Oliveira/CMA)
“Herdamos uma dívida de R$ 800 milhões. A Prefeitura não mede esforços para resolver esse problema gravíssimo. Nesse momento difícil, o tratamento da PMA foi dado de forma igual a todos os servidores: médicos, enfermeiros, agentes de saúde, técnicos de enfermagem e demais categorias fora do escopo da saúde. E apenas os médicos mantêm a greve”, comentou.
Professor Bittencourt pediu a reflexão dos sindicalistas frente aos avanços da atual gestão Municipal. “Não há nada de positivo nesses 100 dias de gestão? Não se pode reconhecer o esforço do prefeito Edvaldo Nogueira para regularizar os salários de todos os servidores? A administração herdou salários atrasados da gestão passada e, em pouco tempo, regularizou. A luta dos médicos coloca em risco aqueles que estão na linha direta do contato com a população”, afirmou.
“Os médicos têm papel fundamental na manutenção da vida. Mas esse é um sentimento que não precisa ser reafirmado na frieza pragmática de quem está lutando pelos seus direitos”, complementou.
Ainda segundo o líder do prefeito na Câmara, o desejo que a greve acabe é unânime. “Cada vez mais é preciso ceder. Vereadores de situação e de oposição estão preocupados e todos querem uma resolução. A Prefeitura quer resolver esse problema. Prefeitura essa que pegou uma estrutura física desmantelada, com mais de 70% de carência dos medicamentos obrigatórios na rede e com a realização irregular de exames. Pedimos reconhecimento da categoria do esforço que vem sendo feito para colocar essa catástrofe que está sendo resolvida, dentro de um padrão de normalidade que o povo pede, precisa e merece ter”, ressaltou Bittencourt.
A secretária da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, Núbia Santana, representa o segmento dos usuários e expressou o sentimento da população. “O povo não tem oportunidade de ser atendido porque, ao chegar à unidade de saúde, não há médico. Esta é uma quebra de braço que não se trata de salário. Os médicos estão com salário de janeiro, fevereiro e março no bolso. Os médicos que aderiram ao empréstimo e não voltaram a trabalhar”, sintetizou.
Para Núbia Santana, “greve é um instrumento legal do trabalhador. A constituição garante mas, também, garante o direito de viver da população. Vestimos a camisa de qualquer categoria. Atrás de cada usuário, existe um trabalhador. A população está pagando o preço. Se o médico está com o salário em dia, não há razão para manter a greve, penalizando a vida do povo. Quando vidas estão em jogo, não podemos fechar os olhos”.
Augusto Couto, presidente do Conselho Municipal de Saúde, pediu sensibilidade e consenso. “Pedimos aos vereadores que façam uma interlocução para que a greve encerre. Visitamos as unidades de saúde quase todos os dias, trabalho que reflete no controle social. Neste momento, é preciso dar um basta. É preciso ter flexibilidade, priorizando a população que está um pouco desassistida. O conselho respeita os movimentos sindicais e sociais, porque faz parte dele”, pontuou.
