Ana Lúcia propõe que Governo de Sergipe crie grupo de ações emergenciais e integradas para enfrentar a violência
Deputada estadual Ana Lúcia (Foto: Site Ana Lúcia)
Ana Lúcia lamentou a morte brutal da jovem, que era estudante de Física da Universidade Federal de Sergipe. Filha de pedreiro, Yasmin residia no bairro novo paraíso. “É com muita dor que a gente registra que ela foi assassinada pelo namorado, um jovem também, que tentou suicídio e está no hospital de urgência. Ela era uma grande poetisa, uma menina que expressava sua forma de ser por meio da poesia”, lamentou.
Diante do cenário, a parlamentar conclamou ao Governo do Estado que priorize o enfrentamento à violência de maneira profunda, ou seja, indo além da mera repressão e articulando políticas efetivas de diversos campos. “Se o Governo do Estado não tomar uma posição, Sergipe vai ficar semelhante ao Rio de Janeiro. Estamos perdendo o controle do Estado, porque as políticas públicas não estão sendo priorizadas”, apontou, ressaltando que tanto os presídios quanto as unidades de internação de adolescentes em conflito com a lei estão completamente desestrututados e não promovem a ressocialização dos internos.
A fim de buscar alternativas de enfrentamento à violência, Ana Lúcia anunciou que está encaminhando uma indicação para que o Governo do Estado constitua um grupo de ação emergencial articulado entre as Secretarias de Segurança, Justiça, Educação, Cultura, Assistência Social e Saúde.
“Ou o governo adota uma política de articulação entre essas áreas, ou a Secretaria de Segurança Pública não vai conseguir resolver o problema” destacou, sugerindo a participação da Universidade Federal de Sergipe no grupo. A deputada propôs ainda a realização de uma audiência com a presença de deputados da situação e da oposição com o Governador do Estado Jackson Barreto para tratar sobre o tema.
Ana Lúcia apontou as camadas populares são as que mais sofrem com a violência. “São os negros e negras, são as pessoas que moram nas periferias e nos povoados mais pobres. Mas a violência pode chegar na porta de qualquer cidadão e de qualquer cidadã”, alertou. “O preconceito é altíssimo em nossa sociedade e, num momento de crise como o que vivemos, o preconceito tende a se transformar em violência”, contextualizou a deputada.