Luciano Pimentel lamenta queda na produção de milho em Sergipe
Deputado estadual Luciano Pimentel (Foto: Jadilson Simões/Agência Alese)
“A produção de milho no Brasil, conforme dados de 2016, cresceu 12.5%, entretanto, no Nordeste houve uma queda de 46.7% e em Sergipe, uma queda alarmante de 71.7%. Hoje algumas ações precisam ser melhor avaliadas com relação ao desmatamento cada vez mais intenso que contribui com a redução dos níveis pluviométricos e consequentemente reduzindo a produção. Estamos saindo de um grande período de seca no nosso Estado, que contribuiu certamente para essa redução da produção, mas que precisa ser discutida a melhor utilização do solo, às vezes pouco consciente e esse trabalho. Acho que os técnicos da Embrapa, Emdagro e das universidades, poderiam contribuir para que os nossos produtores tivessem uma utilização do solo de forma mais sustentável”, destaca.
Luciano Pimentel apresentou um gráfico mostrando a produção de milho na Região Nordeste. O Estado da Bahia representa 49.5%, o Maranhão, 21.9%, o Piauí 19, 2% e o Estado de Sergipe produziu 4.5% de todo o milho da região.
“Mas se considerar a extensão territorial do nosso estado, temos uma boa produção, apesar da crise, temos uma área plantada de 172 mil 145 hectares e a área produzida de apenas 88 mil. Isso demonstra os vários fatores que tem ocasionado essa queda, além da questão da seca. Temos que buscar alternativas e uma forma de fazer com que os produtores passem a produzir de forma mais sustentável, ampliando a capacidade de produção na mesma área plantada”, ressalta.
O deputado disse ainda que em 2010 o Estado de Sergipe produziu 750 mil toneladas; em 2011, 480 mil; em 2012, 290 mil; em 2013, 700 mil e em 2014 (o melhor ano), 762 mil toneladas de milho. “Foi um ano de muita abundância e o produtor rural teve a justa remuneração pelo seu trabalho. Mas em 2015 caímos para 139 mil toneladas e em 2016 para 139 mil toneladas. Assistimos em todos os municípios sergipanos, um movimento desses pequenos, micros produtores, recorrendo aos bancos por não conseguir pagar o seu custeio”, lamenta.
Queda
O deputado acrescentou que a preocupação é pelo significado que o milho tem para o Estado e para o homem do campo. “Saímos de uma produtividade de 4 mil 727 quilos por hectare para chegarmos a uma produção de 1.582 quilos por hectare. Isso significa dizer que o produtor não conseguiu vender o seu milho e cobrir o custeio da plantação. Precisamos buscar uma ação junto á Embrapa, à Emdagro e aos órgãos ambientais, no sentido de discutir o manejo do solo no Estado de Sergipe para a plantação de milho, muito importante para a nossa Economia. Os órgãos de Governo precisam estar apoiando o pequeno produtor”, entende.
Pimentel informou a produção entre o sertão e o agreste sergipano. “O município de Simão Dia respondeu em 2015 com 160 mil toneladas de milho; o município de Carira ocupa o segundo lugar com 140 mil; Frei Paulo com 52 mil toneladas; Poço Verde com 23 mil toneladas; Nossa Senhora da Glória, com 15 mil toneladas; Pinhão, 14 mil; Aparecida 14 mil; Cristinápolis; 8 mil; Feira Nova, Lagarto e Tobias Barreto, 6 mil; Riachão do Dantas, 5 mil; Pedra Mole, 4 e 400 e Monte Alegre, 4 mil 428.