De quem é a ponte? - Não querem Machado como vice? - JB em Dores - Abaixo Richa! - A UFS em festa...
Política, Etc. & Tal :: Por José Lima Santana
José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br
Jos Lima Santana - Foto: ClickSergipe
Ontem, dia 12, em Nossa Senhora das Dores, o governador Jackson Barreto inaugurou obras de asfaltamento de ruas e a iluminação do estádio Ariston Azevedo, do Dorense Futebol Clube. Porém, o ponto culminante da visita do governador foi a assinatura da ordem de serviço para a obra do esgotamento sanitário da cidade, ao custo de R$ 26 milhões. Foi a primeira cidade a ser contemplada dentro do projeto “Águas de Sergipe”.
Emocionado, o governador falou de suas ligações com a cidade, onde reside parte da família de seu pai e parte da família de sua mãe. É isso aí, governador. O povo de Dores saberá ser-lhe grato, como já demonstrou em 2014.
Não querem Machado como vice-prefeito de João, em 2016?
Oxente! Os aliados de João Alves (leia-se o bloco dos irmãos Amorim) não querem Machado como vice na chapa de João Alves, no ano que vem. Querem pegar uma punga na chapa de João. Não têm coragem de lançar um candidato? Falar, todos eles falam, mas não têm coragem de expor um candidato, para arrancar votos da direita, ou seja, do próprio João Alves e de descontentes com o governo estadual, o que é natural?
E João vai topar? É possível. Afinal, ele não está com a bola cheia. Porém, poderá encher daqui para junho do ano que vem? Tudo é possível, mas não será fácil. Também, com algumas peças desequilibradas que ele tem na equipe... “Eitha!!!”. É isso aí, moçada. Vamos esperar para ver.
A ponte. De quem é a ponte?
Vou logo avisando: “Só não é minha”. A ponte caiu. Uma fatalidade. Faltou manutenção adequada. Quem deveria dar a manutenção? O DNIT ou a DESO? Quando a adutora, no governo de Augusto Franco, passou a utilizar a ponte, o DNER, à época, passou a ponte no papel para o governo do estado? Ou consentiu de boca, como se diz no vulgo? A quem caberia dar manutenção? A DESO? E por que a adutora não fez a mesma travessia que fez no rio Cotinguiba, ali na Ibura, passando por baixo da lâmina d’água do rio? Por que, em 1981, a DESO fez uso da ponte, fato que se repetiria com a duplicação da adutora? Para baratear o custo da obra? Para ganhar tempo? Por mero comodismo? Quem me explica isso?
A ponte II
Caída, ninguém é dono da ponte. Ninguém era responsável pela manutenção. E aí aparecem mil e uma teorias. Vazias, vazias. Puro oportunismo de A ou de B.
E a imprensa, ora sensata, ora insensata, deita falação. É hora de aparecer o responsável com a coragem suficiente de assumir o ônus pelo leite derramado. Ora, não se chora pelo leite derramado. Mas, deve-se saber quem deu causa ao derramamento do leite. Ao menos isso.
A ponte III
É claro que o assunto é sério. E grave. A população está privada do abastecimento normal. Isso é para tirar o sono de qualquer gestor. O governo do estado tomou as providências que poderia e deveria tomar emergencialmente, na reconstrução do trecho danificado. Não me venham com a cruz e os pregos para cima do governador. Afinal, se houve um erro, ou da indevida passagem da adutora sobre a ponte ou da falta de manutenção da bendita ponte, esse erro vem desde a origem, passando por todos os governos: de Augusto Franco a Jackson Barreto. O sensacionalismo jornalístico de alguns deveria ter a decência de abrir o bucho e expor as vísceras de todos. O mesmo ocorre com deputados e vereadores da oposição.
A ponte IV
A oposição ao governo do estado tem-se aproveitado do fato para mandar brasa contra o governador JB. Tem oposição de todo tipo. Não isento o governo do estado. Contudo, não posso concordar com certas posições que, nesse fatídico episódio, tentam lançar toda a culpa diretamente no governador. Não é bem assim. O governo do estado, qualquer que fosse o governador, tem sua parcela de culpa. Parcela. Não toda a culpa, no caso da falta de manutenção. Afinal, JB tem apenas um ano e cinco meses de efetivo mandato, desde que assumiu o comando definitivo do governo estadual, em dezembro de 2013.
A ponte V
Agora, se a DESO não está com um plano efetivo e bem composto para atender a população de forma adequada, dentro de suas possibilidades, é outra coisa. O governo do estado deveria chamar o feito à ordem. Ou já deveria tê-lo feito. Por exemplo, a DESO deveria ter feito uma publicidade diária, repetidamente, mostrando na TV, o andamento, dia a dia, das obras emergenciais. E concitando a população para o uso racional da água disponível, no momento. Ainda mais, mostrando como está sendo feito o atendimento por carros-pipas nas mais diversas áreas. Desde a segunda-feira, dia útil, a DESO deveria ter convocado todos os carros-pipas em condição de transportar água potável (pois muitos transportam água imprópria para o uso humano e não devem transportar água potável, sem a devida desinfecção), para colocar ao serviço da população, amenizando, assim, o sofrimento das famílias. Se não fez assim, errou. A situação é emergencial. Logo, não comporta limites. O resto é firula aí, minha gente.
Acabaram-se as rixas e tome-lhe Richa
Na última rodada do campeonato de futebol do Paraná, as torcidas adversárias deixaram de lado suas antigas rixas e partiram para cima do governador Beto Richa, cuja Polícia Militar sentou a porrada nos professores em greve. Dizem que alguns professores exageraram nas manifestações, com os rostos cobertos e depredando o patrimônio público. Isso não está certo. Não faz parte da cartilha grevista, muito menos da parte de educadores. Porém, nada justifica a malsinada ação policial, como se viu. Abaixo Richa! É isso aí.
A UFS em festa
Amanhã, dia 14, começam as comemorações dos 47 anos da Universidade Federal de Sergipe. Fui seu aluno e sou seu professor. Para mim, um orgulho enorme. O reitor Angelo Roberto Antoniolli, que vem suando para driblar a crise financeira que se abateu sobre as Universidades Federais, está à frente das comemorações e convida toda a sociedade sergipana para delas participar. É isso aí. Bola pra frente, UFS!
Paralisação
E por falar na UFS, também amanhã, ocorrerá um dia de paralisação nacional da categoria dos docentes das Universidades Federais. Eu sei que é um transtorno, especialmente para os alunos. Mas, ninguém conquista nada sem luta. Que seja um dia pacífico. É isso aí, Pátria Amada: verás que um filho teu não foge à luta!
Reforma política
Vem aí a reforma política. Virá mesmo? Para valer? Ora, para valer o quê? Meu Deus! Livrai-nos, a nós o povo brasileiro, de certos projetos e ideias sobre a reforma política que o país precisa e que, com certeza, não é a que está nas “santas” cabecinhas dos nossos congressistas. É isso aí, amigos. A Mãe Gentil dorme, enquanto “eles” agem. E como “eles” agem, em todo o Planalto! Ufa!!!
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(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.
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