Jackson na berlinda? - JAF encurralado e humilhado - O tucanato de nova penugem - Uma farra na OAB
Política, Etc. & Tal :: Por José Lima Santana
José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br
Jos Lima Santana - Foto: ClickSergipe
Teimam em querer colocar Jackson Barreto na berlinda. Há casos para resolver na administração pública estadual, como a insatisfação dos servidores públicos, que querem reajuste salarial. E o estado, como muitos outros da federação, está em condições financeiras ruins. Há o caso que reverberou na imprensa, ocorrido no HUSE (Hospital João Alves Filho), e que se refere ao bate-boca entre médicos, em face da morte de uma criança. Há outros, claro. Porém, há, também, as questões políticas.
Jackson na berlinda? (II)
Para o deputado federal João Daniel, que apoia as ocupações ou invasões de terrenos e prédios particulares, a polícia militar, cumpridora de requisição judicial, não gosta dos movimentos sociais. Disse o deputado petista: “A polícia de Jackson!”.
Por outro lado, o também deputado federal do PSD, Fábio Mitidieri, diz que entregou os cargos (a imprensa fala em 30, mas ele falou em 18) que ele os tinha, e ainda os tem ocupados por correligionários seus, na Secretaria de Ação Social. O que ele quer? Romper com JB, ou quer mais cargos? O fisiologismo na política é cada vez mais degradante. Todo mundo quer “espaços”. Mais “espaços”. Vai acabar faltando “espaços”.
João Alves encurralado e humilhado
No lado da Prefeitura de Aracaju, além do bater de cabeça entre auxiliares, o prefeito João Alves Filho encontra-se encurralado pelos aliados do bloco dos irmãos Amorim, detentores de uma verdadeira federação de partidos políticos. Agora, que arrancaram o PSDB de José Carlos Machado, os aliados amorinistas soltam bravatas. Encurralam João Alves. E muito mais: tentam humilhá-lo, quando dizem (um deles o disse, anonimamente) que se João quiser Machado, que o leve para o DEM. Tome aí, João! Primeiro, o prefeito de Aracaju não soube, lá atrás, cortar o mal pela raiz, quando, entre 2005 e 2006, permitiu que houvesse uma debandada de aliados para o bloco criado pelos irmãos Amorim. Engoliu sem mastigar. Por que o quis. Segundo, cochilou nessa questão do PSDB. Quando acordou, já tinham passado a perna em Machado. Ou seja, em João.
Os irmãos Amorim e o tucanato de nova penugem
Os tucanos de nova penugem, ou seja, os tucanos amorinistas fazem apenas o que qualquer agrupamento político faz ou poderia fazer: buscam acomodar-se em um ninho maior, com bom tempo na televisão, no horário gratuito. Não estão focados apenas em 2016, mas, sobretudo, em 2018. Do lado do senador Eduardo Amorim, isto é o que conta. Do lado do PSDB nacional, o que conta é um palanque forte em 2018, coisa que Aécio Neves não teve, em Sergipe, na última eleição. Qual foi o palanque que o PSDB estadual e o DEM deram ao candidato tucano à presidência da República? Zero! Agora, veio o troco dos tucanos de bicos grandes lá de Brasília.
Uma farra na OAB
Não, não se trata de festa ou de qualquer outra coisa do tipo. Trata-se de candidaturas. Uma farra de candidatos à presidência da OAB (SE). Há a candidata da atual presidência, que espera contar com o apoio de uma grande fatia dos advogados, especialmente, dizem, com o comando da campanha nas mãos do meu amigo Cauê. Há o candidato, que quer voltar ao comando da Ordem sergipana, Henri Clay, que tentará o terceiro mandato, com o apoio do clã dos Britto. Há o candidato Inácio Krauss, atual presidente da CAASE, que diz contar com a preferência de muitos, e, sobretudo, jovens advogados. E, por último, há a pretensão de Emanoel Cacho, que espera faturar a eleição, especialmente em face da divisão do grupo que há vários anos está no comando da OAB (SE). Os outros três candidatos vêm do mesmo bloco. A eleição na OAB promete.
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(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.
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