Jair Araújo na Fazenda da PMA - Os três blocos de João Alves - Parcelamento - Goool da Alemanha!
Política, Etc. & Tal :: Por José Lima Santana
José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br
Até que enfim, e, após, dizem auxiliares diretos do prefeito João Alves Filho, ele tanto ter procurado, desde fevereiro, acabou encontrando o substituto para Luciano Paz, na Secretaria da Fazenda. Jair Araújo, ex-presidente do BANESE, na 3ª gestão de João, à frente do governo do estado, já está se inteirando da situação das finanças municipais, enquanto aguarda a sua liberação por parte do BNB, do qual é servidor há longos anos. Encontrando-o casualmente, conversei com ele ontem à noite.
Além de técnico competente, Jair é pessoa de finíssimo trato, aglutinador, que deverá dar tranquilidade ao prefeito e, com certeza, tapará os buracos que foram abertos na relação da Secretaria da Fazenda com as demais Secretarias. Na questão do relacionamento entre Secretarias, o rombo é grande. Edson Leal foi apenas o estopim de uma carga de dinamite que estava para explodir a qualquer momento. E a culpa, óbvio, não é de Edson. As razões para tanto? Parodiando Camilo Castelo Branco, em “Amor de Perdição”, “a Administração tem razões que a própria razão desconhece”. Ufa!!!
Parabéns a João pela escolha e sucesso a Jair Araújo, nessa nova empreitada.
Os três blocos de João Alves
Não, não. Nada a ver com o deputado Robson Viana, do ultrafamoso “Rasgadinho”, o maior auê do carnaval de rua aracajuano. Que nada! O assunto é bem outro.
Um auxiliar ligadíssimo a João Alves segredou a certa pessoa com trânsito mais do que livre junto ao prefeito, que na gestão municipal há três blocos: o que quer o bem de João, o que não está nem aí para nada, e, finalmente, o que só está na gestão para atrapalhar (na verdade o verbo usado foi bem outro, mas eu não o publicaria). Repito: quem disse isso é uma pessoa ligadíssima ao prefeito. Leram direito? Ligadíssima! Carne e unha!
E é assim mesmo? Não creio! Eu me faço de besta, para ver se, ao menos dormindo, acredito que já não sabia disso. Quá, quá, quá, quá. Ora, João deveria saber onde está pisando. Ou melhor, onde alguns estão pisando. Que peninha! Eu já escrevi muitas vezes e renovo agora: “Acorda João!”.
A movimentação dos servidores públicos estaduais contra o parcelamento
Os servidores se juntaram. O parcelamento do pagamento da remuneração relativa ao mês de julho ecoou negativamente contra o governo do estado. Não era para menos. A crise econômica que o país atravessa, está atingindo, em cheio, a população. E com o parcelamento, as categorias que entraram em greve recentemente, como os professores, o pessoal do DETRAN etc., ou as que ensaiaram entrar, como o pessoal da Polícia Civil, receberam o palito de fósforo, já aceso, que faltava para acender a bomba e bater pesado no governo.
E o “vilão” da vez parece ser o secretário da Fazenda, que levou “porrada” até dizer “chega!”. Isso foi nas manifestações de ontem. Eu ouvi atentamente de onde estava, no Arquivo Público, fazendo minhas costumeiras pesquisas.
Dinheiro pouco, o pirão parcelado
Os dados exibidos pelo governo do estado são preocupantes. Os sindicatos e as centrais sindicais dizem que são dados fabricados. Foi o que rolou ontem em praça pública.
Uma coisa, porém, é certa: todo mundo sabe muito bem que a crise financeira está às portas de todos. Em alguns estados, a situação é mais crítica do que noutros. Em muitos municípios, idem. Os dedos das mãos não são iguais. Não dá, portanto, para comparar um estado com outro. Do mesmo modo que não dá apenas para culpar o governo daqui, nem o de acolá, qualquer que seja. Só mesmo nas “santas” cabeças de quem quer fazer oposição por fazer. É claro que algumas medidas precisam ser tomadas com maior afinco pelo governo.
Por outro lado, nenhum governante deliberadamente vai criar uma crise e cuspir para cima. No caso de Jackson Barreto, se o estado estivesse em boa situação financeira, ele jamais determinaria o parcelamento da remuneração dos servidores. Ninguém faria isso. E tal não cabe na cabeça de ninguém, salvo em cabecinhas que querem ver o circo pegar fogo. E isso é o que não falta. Entretanto, JB foi o eleito, em 2014. Cabe a ele encontrar saídas. Em 1993, à frente da PMA, Jackson enfrentou situação parecida. Aos poucos, ele foi resolvendo. É de se esperar que, agora, faça-se o mesmo. No tempo adequado.
Sintonia
Há, no governo do estado, uma perfeita sintonia entre o governador Jackson Barreto e o vice-governador e secretário-chefe da Casa Civil, Belivaldo Chagas. Bom para a governança. Tão diferente de outros tempos!
Lava Jato e Subvenções da Assembleia
Se por lá, a coisa esquenta, queimando pés, mãos e miolos, por aqui ainda vai esquentar. Dizem entendidos em “subvenções” que medicamentos para dormir haverá de faltar nas farmácias do estado. Ôxente! Vai ser o cabrunco da peste!
Depois do título a Galvão Bueno, é a vez de se criar o “Dia do Gol da Alemanha”
Estão botando mesmo pra arrombar. E eu acho é pouco. Quero ver a garapa azedar de vez. Quero ver lagartixa engolindo cobra. Desta vez, porém, não foi em Aracaju. Graças a Deus! Não foi sequer no Nordeste de analfabetos, como dizem os sabichões preconceituosos do Sudeste. Sabem onde foi? Em Campinas (SP). Sim, na cidade paulista que abriga uma das mais importantes Universidades do Brasil: a UNICAMP.
O autor do malfadado projeto é o vereador Jota Silva. E ele disse, ao “Estadão” que “é para lembrar a ‘tragédia’ do futebol brasileiro”. Tragédia? Será que ele também é natural de Simão Dias? Vou apurar. Se for, ele vai passar a se chamar “Jota Tragédia”. E vai dar uma dupla da moléstia.
O dia proposto pela toupeira campineira é 8 de julho. O “Dia do Gol da Alemanha”. E, na verdade, foram sete gols. Oh, tormento! Êpa! Calma aí! Mas, logo 8 de julho, a data magna de Sergipe? Puta merda! Que azar, o nosso!
O mundo dos poderosos e dos insensíveis
Cirurgião-dentista. Rico. Superpoderoso. Ao menos, ele se acha. Exibicionista. Caçador. Ou melhor, criminoso. Bandido mesmo. Assim é o matador do leão Cecil. Ele se chama Walter Palmer. Perguntam, contudo: “Por que tantos massacres por aí afora, não rendem a mesma comoção que rende a morte do leão do Zimbábue?”. E mais: “Por que morrem tantas pessoas na África mesmo, de fome, todos os dias, e não há uma comoção mundial por conta disso?”. Eu ouso responder: “É que estamos no século XXI. A morte de um leão é um símbolo. Símbolo da própria degradação humana. Isso deve, sim, comover. O fato de milhões de famélicos morrerem todos os anos, já virou, infelizmente, uma rotina, e nós, que comemos e bebemos bem, continuaremos a comer e a beber, insensivelmente, como o dentista deverá, talvez, continuar matando bichos pelo mundo afora”. Uma miséria!
Ao mundo inteiro falta solidariedade. Compaixão. Zelo para com o Planeta. Amor para com o próximo. Somos, todos, insensíveis.
Vida longa aos leões e aos outros animais silvestres! E que Deus tenha piedade dos famélicos do mundo inteiro. E de nós, insensíveis, que Ele também o tenha. Amém.
Por fim, que nós nos lembremos dos que passam fome, aqui ou alhures. E que os poderosos, ricos e exibicionistas, governantes ou superempresários, possam sair dos seus palácios e das suas mansões, para salvar os que morrem de fome, de doenças, ou nos conflitos que se alastram. O mundo é uma aldeia global. Mas os homens teimam em viver como caramujos. Fechados em si mesmos.
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(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.
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