Sheyla volta a denunciar falta de farmacêuticos e desvio de função em postos de saúde
Em pronunciamento na sessão na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta terça-feira (6), a vereadora Sheyla Galba (União Brasil) voltou a cobrar a contratação de farmacêuticos para as unidades básicas de saúde do município. Segundo o parlamentar, a ausência desses profissionais tem impacto direto na qualidade do atendimento oferecido à população, que depende das UBS para o acesso a medicamentos e orientações de uso, além de provocar o desvio de função dos servidores.
“Essa semana uma paciente oncológica esteve na UBS Augusto César Leite que atende a região do Santa Tereza, Aeroporto e imediações, e a farmácia está fechada. Quando eu fui em outubro, quem me atendeu na farmácia foi a gerente. Essa é uma atitude louvável, mas não é o papel dela. Os funcionários se desdobram, fazem o impossível para atender os pacientes, mas a presença do profissional habilitado é indispensável”, relatou Sheyla, ao ressaltar que há meses tem fiscalizado diversas unidades de saúde em que o trabalho de dispensação de medicamentos vem sendo realizado sem supervisão de um farmacêutico, o que representa um risco para os pacientes.
A vereadora lembrou que a Lei Federal 13.021/2014 regulamenta a obrigatoriedade da presença de um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento de unidades que oferecem medicamentos à população. “Essa é uma norma nacional, e precisamos fazer valer o direito dos cidadãos aracajuanos”, frisou Galba.
Segundo ela, a contratação desses profissionais é uma questão de urgência e não deve ser deixada para a próxima gestão. “Até dezembro, a responsabilidade é do atual prefeito, do atual secretário da Saúde, não dá para passar a bola”, afirmou.
Colírio em falta
Durante o pronunciamento, Sheyla também solicitou a reposição do estoque do colírio travoprosta no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar). “Os pacientes com glaucoma estão, mais uma vez, sem esse medicamento. Desde o início do ano tem faltado, o que demonstra que não há planejamento para suprir a demanda”, afirmou.