Sergipe tem mais de 11 mil casos notificados de Dengue, Zika e Chikungunya em 2016
Sergipe tem mais de 11 mil casos notificados de Dengue Zika e Chikungunya em 2016 (Imagem: SES/SE)
Somados, os dados de Dengue, Zika vírus e Chikungunya notificados este ano chegam a 11.448. Em relação à Dengue, durante o ano de 2015 foram confirmados 3.983 casos. Já em 2016 esse número está bem menor, levando em consideração os casos registrados até o momento: são 1.723 confirmações. Por outro lado, o número de casos confirmados envolvendo a Febre Chikungunya passou de 2.554 (em 2015) para 5.756 (em 2016).
“Este ano foram notificados 5.207 casos de Chikungunya a mais em relação ao ano passado. Entre os fatores que explicam esse aumento está a ampliação da vigilância por parte dos municípios, o que gera o maior número de notificações. Além disso, houve o incremento relacionado ao exame laboratorial que passou a ser realizado aqui em Sergipe”, esclarece a gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá.
Os dados gerados a partir das notificações possibilitam intensificar as ações da Brigada Itinerante, por exemplo. Essa importante ferramenta de combate ao Aedes desenvolve um trabalho decisivo, que vem sendo realizado diariamente junto aos municípios que sinalizam risco iminente de um surto ou epidemia.
Aliado a isso, são desenvolvidas ações através de parcerias com outros órgãos estaduais, como Secretaria da Educação, do Meio Ambiente, DESO, Fundação Estadual de Saúde (Funesa), dentro outros.
“É extremamente importante que essas parcerias sejam feitas. O controle do Aedes e a prevenção das arboviroses é uma soma de esforços, principalmente com a participação da comunidade”, acrescenta Sidney Sá.
Microcefalia
De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico, desde a implantação da notificação compulsória dos casos de Microcefalia até a semana epidemiológica 44/2016, foram notificados 269 casos de Microcefalia no Estado de Sergipe. A região de Aracaju aparece com maior número de casos, chegando a 98, em seguida vem as Regiões de Nossa Senhora do Socorro com 43 casos, Estância com 37 e Itabaiana com 28 caos.
“Estamos com 57 casos em processo de investigação, 128 confirmados e 84 foram descartados”, afirmou a gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá.
No que se refere à relação entre o Zika vírus e a Microcefalia, em Sergipe a confirmação partiu do resultado da análise das amostras coletadas de sangue e saliva, em 123 mães e bebês. Essa pesquisa foi iniciada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (LACEN), em parceria com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP).
“O monitoramento vem sendo realizado. Este ano já foram notificados 316 casos relacionados ao Zika, sendo que 29 foram confirmados”, destacou.
Verão
A gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, chama a atenção, ainda, para a chegada do verão que é sempre muito preocupante principalmente pelo acumulo indevido de água, ocasionado por desabastecimento ou pelas chuvas.
“Esses fatores podem provocar um aumento na população do Aedes aegypti e consequentemente um crescimento no número de casos de qualquer uma das arboviroses que hoje circulam no estado. Portanto, esperamos que todos estejam bem atentos e empenhados, nesse momento, a trabalhar em parceria para combater e controlar o Aedes”, disse a gerente.
Ações
As ações desenvolvidas para o controle do vetor e das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti contam com a atuação conjunta da Secretaria de Estado da Saúde (SES), através de grupos de trabalhos (GT Atenção, GT Vetor e GT Epidemiologia), Funesa (através da Brigada Itinerante Estadual), Ministério da Saúde e Municípios.
Além disso, a atuação da Sala Estadual de Situação, vinculada ao Núcleo Estratégico (NEST), que atualiza os dados dos casos de Dengue, Chikungunya, Zika e Microcefalia no Mapa de Sergipe, tem sido fundamental. São realizadas videoconferências com a Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC), entre outros esforços para a elaboração de estratégias eficientes.
“A participação da população nesse enfrentamento é imprescindível. Por isso dedicamos esforços, também, ao processo de conscientização”, finalizou Sidney Sá.