Aracaju (SE), 04 de dezembro de 2024
POR: Portal da Saúde
Fonte: Portal da Saúde
Em: 12/01/2017
Pub.: 16 de janeiro de 2017

Orientação para profissionais de saúde sobre febre amarela silvestre

A febre amarela no Brasil apresenta uma ocorrência endêmica, principalmente na região amazônica. Fora da região amazônica, surtos da doença são registrados esporadicamente quando o vírus encontra uma população de susceptíveis (pessoas não vacinadas).

A ocorrência de casos humanos tem sido compatível com o período sazonal da doença (dezembro a maio), entretanto foram observadas epizootias em primatas não humanos (PNH) em períodos considerados de baixa ocorrência, um indicativo de que as condições para transmissão da febre amarela estão favoráveis e que são necessários esforços adicionais para as ações de vigilância, prevenção e controle da doença. 

O Brasil registrou casos de febre amarela silvestre em regiões turísticas dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul e também em áreas do Pará, Tocantins, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. A proximidade com regiões urbanizadas e a elevada densidade populacional nesses locais colocam em alerta os sistemas de vigilância e suscitam a intensificação das ações em toda a Área Com Recomendação de Vacina (ACRV), sobretudo naquelas com evidência recente de circulação viral, além da vacinação preventiva de viajantes com destino aos locais de foco além dos indivíduos não imunizados moradores da ACRV.

Em virtude dessas ocorrências e, mais recentemente, dos casos prováveis de febre amarela silvestre registrados no estado de Minas Gerais a partir do final de 2016, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde organizou a Nota Informativa Número 02/2017, onde orienta os profissionais de saúde sobre as ações a serem adotadas. A SVS reforça que as medidas de vigilância e controle para a febre amarela ocorrem partir da notificação de evento suspeito.

Diante deste cenário, deve ser ampliada a oferta da vacina contra a febre amarela se as coberturas vacinais nos municípios da ACRV, a fim de prevenir a ocorrência de casos humanos e surtos e orientar viajantes e turistas sobre a importância da vacinação preventiva (pelo menos 10 dias antes da viagem), sobretudo àqueles que pretendem realizar atividades em áreas silvestres, rurais ou de mata.

Indicação de vacinação para febre amarela

Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses. Pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas, ou sem o comprovante de vacinação, o médico deverá avaliar o benefício desta imunização, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nesta faixa-etária ou decorrente de comorbidades. Apesar da alta eficácia do imunobiológico, o Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica individual de risco-benefício, não devendo ser realizada em caso de imunodepressão grave.  Indivíduos com histórico de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina), assim como pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), também devem buscar orientação de um profissional de saúde. 

Orientação para profissionais de saúde sobre febre amarela silvestre (Imagem: Portal da Saúde)

Orientação para profissionais de saúde sobre febre amarela silvestre (Imagem: Portal da Saúde)


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