Pesquisa financiada pelo Estado de Sergipe utiliza vagem do feijão para produção de bio-óleo
A pesquisa é fruto do programa de mestrado e doutorado da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE).
A utilização do bio-óleo é direcionada para a indústria química e alimentícia, substituindo o petróleo como matéria-prima (Foto: Embrapa)
A sobra de um dos alimentos mais consumidos no Brasil, o feijão, se transforma em matéria-prima para a produção de bio-óleo com aplicação na indústria química e alimentícia. O estudo está sendo coordenado pela professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lisiane dos Santos Freitas.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil é o principal produtor e consumidor de feijão no mundo, mas a vagem do feijão não é aproveitada durante o processo de colheita. A professora Lisiane explica que a proposta do projeto é aproveitar a vagem do feijão transformando em bio-óleo. Uma das características da vagem é que ela não se degrada facialmente no meio ambiente.
A professora relata que o bio-óleo surge a partir da secagem que é realizada em laboratório. Após a limpeza e remoção dos resíduos, a vagem é moída e, por fim, é pirolisada, que é o processo onde a matéria orgânica é decomposta após ser submetida a altas temperaturas em ambiente desprovido de oxigênio.
A utilização do bio-óleo é direcionada para a indústria química e alimentícia, substituindo o petróleo como matéria-prima. O estudo vem sendo realizado há um ano e expectativa é gerar um produto para o mercado. “O petróleo é a matéria-prima para alguns produtos como a fabricação de resina, defumantes, dentre outros. Então, o bio-óleo vai fazer a parte do petróleo como matéria-prima para a produção desses tipos de produtos. Não é só o combustível como todo mundo acha” ressalta a professora.