Aracaju (SE), 04 de dezembro de 2024
POR: SES/SE
Fonte: SES/SE
Em: 06/04/2017
Pub.: 06 de abril de 2017

Falta de higiene aumenta risco de infecções

Falta de higiene aumenta risco de infecções (Foto: SES/SE)

Falta de higiene aumenta risco de infecções (Foto: SES/SE)

Já pensou quantas vezes por dia você lava as mãos? Diariamente estamos cercados de pessoas gripadas, resfriadas ou com alguma doença viral. Pegamos em maçanetas de portas, em corrimão, dinheiro, folhetos no sinal de trânsito e vamos ao trabalho em ônibus. Mas, sempre que surge a oportunidade, nós lavamos as mãos?! Na rotina diária, seja pela correria ou pelo esquecimento, muitas vezes tudo isso é feito involuntariamente. E daí vem aquele problema: mãos sujas que vão direto para a boca, olhos, ouvidos e nariz.

A falta de um simples hábito de higiene como lavar as mãos pode acarretar em graves infecções no corpo humano. De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde, cerca de 40% dos casos de diarreia no mundo são ocasionados por uma higienização ruim. Ainda segundo a pesquisa, em países com menor desenvolvimento social, como Brasil e Tailândia, os índices são mais gritantes, cerca de 20 vezes a mais que os países desenvolvidos.

Segundo o infectologista Marco Aurélio as mãos são a porta de entrada para os vírus e bactérias no organismo. Ele ressalta ainda que a higienização deve ser feita com frequência principalmente antes das refeições. “Existem momentos que são mais críticos para a contaminação, por isso é de extrema necessidade que a pessoa faça a limpeza correta antes de ingerir qualquer alimento e após sair do banheiro ou tocar nos objetos. Existe uma recorrência muito grande de pessoas que, por falta de higiene, acabam ingerindo coliformes fecais e entram em um quadro clínico com diarreia”, destacou o infectologista.

Marco Aurélio ressalta ainda que as principais doenças que podem ser contraídas através de uma má higienização são as transmitidas por vírus, principalmente as tropicais. “Nosso país é um local muito quente e algumas bactérias e vírus não são resistentes ao sol, no entanto, outras conseguem sobreviver ao calor. Nós frequentamos locais com uma concentração muito grande de gente e tudo isso contribui para a proliferação dos vírus. Nós podemos destacar a gripe e a conjuntivite. Os vírus dessas doenças estão, na maioria das vezes, em nossos dedos e são levados às regiões mucosas do corpo como boca e olhos”, enfatizou Marco Aurélio.

Profissionais de Saúde

Foi após escolher a área de saúde para estudar e trabalhar que Igor Brandão, estudante de Biomedicina, se deu conta do quanto é importante ter um cuidado especial para evitar ser infectado por vírus e bactérias. Em contato com tantos produtos e materiais muitas vezes contaminados, ele passou a ter uma postura diferente sobre o assunto. “No ambiente da saúde temos que ter muita atenção com relação a este assunto. Por isso nós utilizamos os equipamentos de proteção individual que tanto nos protegem como evitam que o paciente tenha a condição agravada por uma infecção”, destacou Igor.

O infectologista Marco Aurélio ressalta ainda que para os profissionais de saúde a atenção deve ser redobrada. “Os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, profissionais da limpeza e todos aqueles que trabalham na área devem estar atentos para diminuir os riscos de contaminação, afinal de contas estamos muito expostos a bactérias e vírus”, destacou. Marco Aurélio salienta ainda que existem normas para a perfeita limpeza das mãos e braços. “No portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Ministério da Saúde disponibiliza padrões para a higiene das mãos por parte dos profissionais da saúde”, disse o infectologista.

Igor Brandão ressalta também que algumas medidas simples podem ser tomadas para evitar a proliferação de agentes causadores de doenças. “Mesmo se a pessoa não faz parte da área de saúde ela pode e deve cuidar da sua higiene, principalmente com as mãos e o álcool em gel é excelente para isso, pois pode ser levado na bolsa. A maioria de nós anda de transporte público e que são extremamente contaminados, pois todo mundo passa a mão e é impossível manter lugares como esses livres de micro-organismos que possam causar algo mais sério. O álcool em gel pode amenizar a disseminação desses germes, afinal, o que a gente menos deseja é levar esses agentes para a nossa casa”, destacou o estudante de Biomedicina.

O infectologista Marco Aurélio explica ainda que, mesmo com a utilização do álcool em gel, é extremamente importante lavar as mãos sempre que possível. “O álcool em gel é um paliativo para situações em que não temos condições de limpar nossas mãos com água. A pessoa deve sempre utilizar água e sabão ou detergente e sempre limpar entre os dedos. Todas essas atitudes podem evitar que o indivíduo tanto seja infectado com alguma bactéria ou vírus, como transmita para outras pessoas. São medidas simples e que podem mudar para melhor a nossa qualidade de vida”, disse o infectologista. Ele também ressalta que é preciso uma regra de etiqueta para diminuir o número de infectados. “Se estou doente, devo utilizar de lenços descartáveis para evitar a proliferação do vírus ao tossir, além disso, devo sempre lavar as mãos antes de tocar nos objetos”, finalizou Marco Aurélio.


Tenha o Click Sergipe na palma da sua mão! Clique AQUI e confira as últimas notícias publicadas.

WhatsApp

Entre e receba as notícias do dia

Entrar no Canal

Matérias em destaque

Click Sergipe - O mundo num só Click

Apresentação