Março Azul: campanha reforça mensagem de prevenção e cuidado do câncer de intestino
A campanha Março Azul destaca a importância do diagnóstico precoce e da prevenção do câncer de intestino, também conhecido como colorretal, que engloba os tumores no intestino grosso, reto e no ânus. A mobilização mundial é reforçada pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino, celebrado na segunda-feira, 27.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima uma ocorrência de mais de 40 mil novos casos de tumores colorretais por ano, com mais de 16 mil óbitos anuais. O câncer de intestino é o segundo mais recorrente no Brasil, evidenciando a importância da conscientização e da adoção de medidas preventivas.
Dr. Felipe Torres - Foto: Ascom Unimed SE
Cuidados preventivos
O especialista destaca que o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento. “Antes de mais nada, é importante deixar claro que não é preciso esperar sintomas para fazer o rastreamento. Ele está indicado para todos os indivíduos a partir dos 45 anos, com a pesquisa anual de sangue oculto nas fezes e a realização de colonoscopia a cada 10 anos”, informa Torres.
A prevenção do câncer de intestino começa com uma dieta saudável, rica em frutas, legumes, vegetais crus, fibras, alimentos integrais e carne branca; evitando carne vermelha, gordura animal, alimentos processados e doces. Além disso, é importante manter uma rotina de atividade física, combater a obesidade, evitar excesso de bebidas alcoólicas e cessar o tabagismo.
Sintomas e tratamento
Os sintomas mais frequentes relacionados ao câncer de intestino são: alteração do ritmo intestinal, com quadros de constipação ou diarreia, ou ainda a alternância de ambos; sangramento nas fezes; perda de peso; dor abdominal e cólicas; afilamento das fezes; e anemia sem causa aparente.
O principal tratamento para o câncer de intestino já instalado é a cirurgia. “Objetivamos retirar o segmento intestinal com margens e ainda retirar o tecido que contém os gânglios (linfonodos) que drenam essa região”, detalha o médico.
A cirurgia preferencialmente é feita por via minimamente invasiva, na técnica da videolaparoscopia. A quimioterapia e radioterapia está indicada em alguns casos, como tumores de reto mais baixos ou ainda após a cirurgia para aumentar as chances de cura. “Enfatizamos que, se diagnosticado em fases iniciais, temos altas chances de cura, maiores que 92%”, salienta o coloproctologista.