Catarata avança em Sergipe e no Brasil, alerta oftalmologista Dr. Marcus Amaral
Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,6% das mulheres acima dos 60 anos sofrem de catarata, contra 29,4% dos homens na mesma faixa etária. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a doença responde por 49% da cegueira no país.
Oftalmologista Dr. Marcus Amaral - Foto: Divulgação
O fator de risco mais prevalente no desenvolvimento da catarata é a idade. “Com o tempo, as fibras que compõem o cristalino tornam-se hidratadas, fazendo com que essa estrutura perca a sua transparência”, detalha.
O melhor acesso da população às avaliações oftalmológicas e a maior expectativa de vida justificam a maior incidência do diagnóstico da catarata. “O tipo mais comum de catarata, a chamada catarata senil, surge através do avanço da idade. Como cada vez mais a base da pirâmide etária torna-se mais larga, é esperado que as doenças ou alterações da idade se tornem mais prevalentes”, destaca.
Os principais sintomas da catarata são baixa de visão, perda da sensibilidade ao contraste e do brilho dos objetos, ofuscamentos, mudanças na graduação dos óculos e visualização de halos são alguns dos sintomas. “O diagnóstico da catarata é feito dentro do consultório oftalmológico. A medida da acuidade visual mostra um decréscimo e a visualização do cristalino opacificado através de aparelhos específicos que são suficientes para o diagnóstico”, conta.
A catarata é uma opacificação da lente natural do olho, o cristalino, e como não há maneiras de torná-lo transparente novamente, a única forma de tratamento é a cirúrgica. “Na cirurgia, o cristalino opacificado é removido e, no local, é colocada uma lente artificial transparente que irá realizar o papel desse cristalino. Não existe tratamento com colírios ou outras medicações ou ‘exercícios’ para a catarata. É preciso ressaltar a importância do exame oftalmológico de rotina com médico oftalmologista. Muitas doenças oculares são inicialmente silenciosas, ou seja, não despertam sintomas. Nessas condições, somente a consulta com o médico oftalmologista consegue detectar e tratar precocemente as doenças oculares”, finaliza.