Aracaju (SE), 25 de novembro de 2024
POR: Fapitec Sergipe
Fonte: Fapitec Sergipe
Em: 23/10/2023 às 10:07
Pub.: 23 de outubro de 2023

Pesquisa atualiza dados sobre recursos hídricos em Sergipe

Estudo usa geotecnologias para consolidar e aprimorar temas em recursos hídricos.

Márcia Rodrigues, coordenadora do projeto - Foto: Kátia Azevedo | Fapitec Sergipe

Márcia Rodrigues, coordenadora do projeto - Foto: Kátia Azevedo | Fapitec Sergipe

Uma das prerrogativas da Política Estadual de Recursos Hídricos é elaborar e manter atualizado um sistema de dados científicos, com estimativas sobre a gestão das águas no Estado para os próximos anos. Em diálogo com esta demanda surge o Projeto “Uso de geotecnologias na consolidação do sistema de informações e aprimoramento do Atlas Digital sobre recursos hídricos de Sergipe”.

Contemplado com o Edital FAPITEC/SE/SEMAC/SEDETEC Nº 07/2022, o projeto fornecerá uma consolidação do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos de Sergipe (SIRHSE),com estudo nas Bacias Hidrográficas e, por conseguinte, nas Unidades de Planejamento (UPs).

A engenheira florestal, Márcia Rodrigues, bolsista de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), explica que os resultados irão contribuir para subsidiar políticas públicas focadas nas necessidades dos recursos hídricos nos diversos segmentos do território sergipano.

As informações coletadas e sistematizadas serão utilizadas na gestão de recursos hídricos, como: outorga de água, ações de fiscalização e segurança de barragens. O projeto também usa ferramentas do Sistema de Informações Geográficas (SIG) para extrair dados que serão utilizados no projeto.

Pesquisa estuda bacias hidrográficas - Imagem: SEMAC

Pesquisa estuda bacias hidrográficas - Imagem: SEMAC

“A proposta do projeto é consolidar e aprimorar o Atlas Digital sobre Recursos Hídricos de Sergipe, com uso de dados de imagens de satélite, plataforma Google Earth Engine, e eSIG. Este aprimoramento visa à melhoria da base de dados, possibilitando o uso eficiente destes para a solução de problemas inerentes aos recursos hídricos do Estado”, detalha Márcia Rodrigues.

A pesquisadora também chama a atenção para o uso das geotecnologias e aumento da capacidade computacional, tornando possível mapear e quantificar as informações sobre recursos hídricos de forma rápida e eficiente. “Neste sentido, a consolidação e aprimoramento do Atlas Digital possibilitarão condições necessárias na tomada de decisões na gestão de recursos hídricos, buscando-se sempre a adesão às novas tecnologias para obter dados e informações dos recursos hídricos em quantidade e qualidade”, observa.

Ela destaca que por meio do geoprocessamento é realizado o levantamento detalhado de informações geográficas relacionadas aos recursos hídricos, incluindo dados como curvas de nível; declividade; hidrografia; limites das bacias; codificação em ottobacias; mapeamento e atualização dos reservatórios (barragens); mapeamento do uso e cobertura da terra (plataforma Google Earth Engine – GEE); e mapeamento do potencial da fragilidade das bacias hidrográficas, identificando as fragilidades potenciais e emergentes, fornecendo um diagnóstico atualizado para o cenário da gestão dos recursos hídricos com base nos novos limites geográficos.

Dados
“Os resultados obtidos com o estudo serão disponibilizados para compor o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos para aprimoramento do Atlas Digital, um serviço público essencial para entendermos o uso coletivo da água. A sistematização de dados é aplicada à gestão de recursos sobre a outorga de água, ações de fiscalização e segurança de barragens, além do uso nas defesas civis estadual e municipal, Corpo de Bombeiros, DESO, escolas, universidades e outros órgãos da administração pública”, reforça.

Paulo César Alves, coordenador do Programa de Inovação Tecnológica (PROINT), fala da importância da Fapitec/SE apoiar pesquisas para gestão e preservação das águas, com impacto relevante para a vida da população. “A água é um dos nossos bens naturais mais preciosos e precisamos de pesquisas como esta que contribui para um sistema de informações atualizado e consolidado inserindo a agenda hídrica nas políticas públicas. Por isso nos somamos em parceria com outros órgãos estaduais para viabilizar este estudo”, destaca.


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