Aracaju (SE), 25 de novembro de 2024
POR: Asscom Unit
Fonte: Asscom Unit
Em: 20/03/2024 às 14:30
Pub.: 20 de março de 2024

Março-Azul Marinho chama a atenção para a incidência do câncer colorretal

Campanha alerta para as formas de surgimento da doença, que afeta a parte final do intestino; médico explica como surge o terceiro tipo mais comum de câncer, que pode ter mais de 45 mil novos casos até 2025 no país.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil até 2025, em sua maioria com chances de cura - Foto: Reprodução | TV Brasil

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil até 2025, em sua maioria com chances de cura - Foto: Reprodução | TV Brasil

O mês de março é marcado pela campanha Março Azul-Marinho, que busca chamar a atenção do público para o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, de cólon e/ou reto. A iniciativa é uma orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que fixou o dia 27 de março como dia mundial de conscientização para o combate e à prevenção. A doença está entre as de maior incidência entre os pacientes brasileiros e, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), pode registrar até 45.630 novos casos até 2025, além de já ter provocado 21.262 mortes em 2021. 

“Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto hoje ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil. O Março Azul-marinho é uma parceria entre o sistema de saúde e entidades de especialidades médicas com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar da população. Mostrar a importância da prevenção e diagnóstico precoce dessa doença além de melhorar a qualidade de vida, aumenta a sobrevida da população”, destaca o médico gastroenterologista Marcel Lima Andrade, professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit). 

Ele explica que o câncer colorretal é um tipo de tumor maligno que, na maioria das vezes, se forma a partir de pólipos, que são lesões benignas na parede interna do intestino. se não tratado a tempo, ele pode envolver o intestino grosso, o reto e o ânus. Em estágios mais avançados, o câncer pode afetar outros órgãos do corpo, como fígado, pulmão, sistema nervoso e ossos. 

O tratamento desse tipo de câncer depende do estágio e da localização, podendo envolver desde pequenos procedimentos endoscópicos a outros mais complexos, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia biológica ou mesmo uma combinação entre eles. No entanto, a descoberta precoce do câncer é uma vantagem que aumenta a eficácia do tratamento e as chances de cura do paciente. “Em estágios iniciais a taxa de cura é superior a 90%, o que reforça a importância das campanhas de conscientização como o Março Azul-Marinho”, reforça o professor da Unit. 

O estilo de vida e a alimentação podem interferir nos fatores de risco para o surgimento do câncer colorretal. Marcel cita que os principais incluem o tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e alimentos ricos em gorduras saturadas, vida sedentária, idade superior a 50 anos, baixo consumo de cálcio e obesidade. Também são consideradas a existência de algumas alterações e síndromes genéticas, o histórico de casos de câncer colorretal na família, se a própria pessoa já teve câncer de ovário, útero ou mama, e doenças inflamatórias intestinais crônicas como Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. 

Uma das principais formas de prevenção contra o câncer colorretal é fazer exames de rotina, mesmo entre aqueles que já passaram pelo tratamento, para que a doença seja detectada em seu início caso surja. Mas a principal medida para evitar que isso aconteça é adotar uma vida mais saudável. “O mais importante é manter uma vida saudável, praticar atividade física regular, parar com o cigarro, ter uma dieta rica em alimentos naturais com fibras, como frutas, legumes, verduras e grãos, restringir o consumo de carne vermelha e evitar embutidos (salame, presunto, enlatados) e álcool na dieta”, orienta o gastroenterologista.


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