Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Governo de Sergipe
Fonte: Governo de Sergipe
Em: 29/08/2024 às 10:45
Pub.: 29 de agosto de 2024

Secretaria da Saúde ressalta a importância da prevenção contra a toxoplasmose gestacional

A infecção pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados, contato com fezes de gatos ou solo contaminado

A infecção pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados, contato com fezes de gatos ou solo contaminado - Foto: Ascom SES/Governo de Sergipe

A infecção pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados, contato com fezes de gatos ou solo contaminado - Foto: Ascom SES/Governo de Sergipe

Com o objetivo de promover a conscientização e a prevenção da toxoplasmose, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ressalta a importância de adotar cuidados, principalmente durante a gestação. Causada pelo parasita Toxoplasma gondii, a toxoplasmose gestacional é uma infecção que pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez.

A infecção pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados, contato com fezes de gatos ou solo contaminado. Para a maioria das pessoas, a toxoplasmose não acarreta danos ao organismo. Entretanto, pode desencadear sérias repercussões nas gestantes, não pelo acometimento da paciente em si, mas pela possibilidade de resultar em toxoplasmose congênita.

De acordo com o SinanNet, em 2022, foram registrados 121 casos de toxoplasmose gestacional em Sergipe, destacando Aracaju, que apresentou 29 casos. Já em 2023, o número de confirmados foi de 157, concentrando 35 casos no município de Itabaiana. Houve um crescimento de casos confirmados, o que alerta para a necessidade da prevenção e controle da toxoplasmose gestacional.

Muitas vezes, a infecção em mulheres grávidas é assintomática, mas podem apresentar sintomas leves, como febre, dores de cabeça, dores musculares, entre outros. Para o feto, a infecção pode causar sérias complicações como malformações congênitas, problemas oculares e até problemas neurológicos como a hidrocefalia. “Durante o pré-natal, orienta-se a realização de exames para toxoplasmose, que devem ser solicitados na primeira consulta, durante o primeiro trimestre gestacional e repetir a sorologia a cada três meses (idealmente a cada mês). Caso a gestante persista soronegativa, deve-se realizar a sorologia no parto”, é o que explicou o médico infectologista e diretor da Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio.

Cuidados

Como a maioria das gestantes não apresenta sintomas, os exames laboratoriais se tornam importantes para o diagnóstico definitivo, tendo como principal objetivo a prevenção da toxoplasmose congênita e suas sequelas. O rastreamento sorológico no pré-natal da Atenção Primária à Saúde (APS) identifica gestantes suscetíveis (que não tiveram contato com o protozoário), intensificando a prevenção e detectando precocemente os casos de infecção aguda.

De acordo com a referência técnica da toxoplasmose da SES, Liliana Oliveira, a prevenção da infecção aguda na gestação é de fundamental importância e pode ser alcançada por adequada orientação sobre hábitos alimentares e de higiene, reduzindo significativamente a contaminação da gestante pelo parasita. 

“Alguns cuidados primordiais são: ingerir apenas água filtrada ou fervida; não ingerir carne crua ou mal cozida; ferver o leite ou consumir o pasteurizado; lavar bem as frutas e vegetais esfregando mecanicamente. Caso tenha gatos, limpar diariamente as caixas sanitárias dos gatos, usando luvas e caso possa, não realizar essa tarefa; alimentar os gatos com ração ou carne bem cozida não oferecer carne crua”, alertou Liliana.


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