Aracaju (SE), 12 de novembro de 2024
POR: Wênia Bandeira
Fonte: Alese
Em: 25/10/2024 às 08:57
Atualizada: 25/10/2024 às 09h00
Pub.: 25 de outubro de 2024

Doença Falciforme: mais de 230 pessoas têm diagnóstico em Sergipe

Doença Falciforme: mais de 230 pessoas têm diagnóstico em Sergipe - Foto: Pixabay

Doença Falciforme: mais de 230 pessoas têm diagnóstico em Sergipe - Foto: Pixabay

Mais de 230 pessoas, dentre crianças e adultos, estão registradas no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), para tratamento de doenças falciformes. A doença causa dores nas articulações, anemia, olhos amarelados, atraso no desenvolvimento e no crescimento infantil, entre outros problemas.

No próximo domingo, 27, será celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com doenças falciformes. A data foi instituída pela Lei Federal Nº 12.104, de primeiro de dezembro de 2009.

A Doença Falciforme (DF) é genética e hereditária, se caracterizando pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). As hemácias são arredondadas, e nas pessoas com DF, têm um formato de foice, o que dificulta a circulação e a chegada do oxigênio aos tecidos. Esta mudança leva à dor crônica, infecções e icterícia.

O diagnóstico é realizado com o teste do pezinho ainda na maternidade. O sintoma mais comum é a anemia – a qual é causada pela rápida destruição das hemácias -, mas podem ocorrer também crises de dor, icterícia (amarelão), infecções e síndrome mão-pé (uma inflamação que faz com que tornozelos, punhos, dedos e articulações dos bebês fiquem inchados).

A doença pode ser curada através de transplante de medula óssea. Contudo, o transplante só deve ser feito em casos selecionados, avaliados pelo hematologista. A maioria dos pacientes é acompanhada clinicamente, sem transplante de medula.

De acordo com o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) – ‘Teste do Pezinho’, entre os anos de 2014 e 2020, a média anual de novos casos de crianças diagnosticadas com DF foi de 1.087, numa incidência de 3,75 a cada dez mil nascidos vivos. A estimativa do Ministério da Saúde é que atualmente haja entre 60 mil a 100 mil pacientes com Doença Falciforme no país.

Em Sergipe, as pessoas com doenças falciformes são assistidas no Ambulatório do Hemose por equipe multiprofissional composta por médicos pediatra, hematologista, ortopedista, além de odontólogo, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. O serviço funciona diariamente de segunda a sexta-feira, das 7 horas às 17 horas.


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