Número de ciberataques via WhatsApp duplica no último trimestre de 2017
Segundo laboratório da PSafe especializado em crimes cibernéticos, aplicativo de mensagens instantâneas se tornou o principal alvo dos hackers em todo o país entre outubro e dezembro do ano passado.
O WhatsApp se tornou a ferramenta número um dos hackers para aplicar golpes cibernéticos no Brasil. Segundo dados do Relatório de Segurança Digital, produzido pelo DFNDR Lab, laboratório da PSafe especializado em cibercrime, foram identificadas mais de 44 milhões de ameaças disseminadas via app de mensagens instantâneas entre outubro e dezembro de 2017. O resultado é 107% superior em relação ao trimestre anterior, quando foram registrados 21 milhões de golpes.
“Ao utilizar o WhatsApp, os cibercriminosos estão aprimorando suas estratégias por meio de engenharia social. Eles estão investindo contra indivíduos por meio de uma rápida e maciça disseminação de links maliciosos em vez de produzir malwares, que são mais complexos de serem criados e têm menor potencial de viralização”, explica Emílio Simoni, Diretor do DFNDR Lab. Segundo Simoni, os hackers têm se aprimorado para criar sites e ações com visual cada vez mais verossímeis e, com isso, conseguem atingir expressivas quantidades de compartilhamento em curtos períodos de tempo. Para tornar os golpes ainda mais sedutores, utilizam o pretexto de promoções e até processos seletivos de emprego para grandes empresas.
Por outro lado, a boa notícia para o cenário da cibersegurança brasileira é que, apesar do aumento de golpes disseminados via aplicativos de mensagens, houve redução de 1,8% nas detecções totais de ameaças. “Atribuímos essa queda ao fato das empresas estarem cada vez mais preocupadas em aumentar seus investimentos em segurança digital e possivelmente também à crescente conscientização da população sobre a importância de se adotar medidas de proteção online”, comenta Simoni.
Perfil das ameaças digitais
Os dados processados pelo DFNDR Lab apontam que, embora os links maliciosos tenham tido um aumento total de apenas 0,6% no quarto trimestre de 2017, eles foram 17 vezes mais usados em golpes do que os malwares. Nesta modalidade de cibercrime, dois de cada três ameaças identificadas tinham como canal de infecção o WhatsApp. Em seguida, aparecem publicidade suspeita / Bad Ads (9,8%) e golpes bancários (6,9%).
Tipo de link malicioso | % do total |
Phishing via aplicativo de mensagem | 67,3 |
Publicidade supeita | 9,8 |
Phishing bancário | 6,9 |
Phishing de serviços falsos | 4,2 |
Notícias falsas / golpe do SMS pago | 4 (cada modalidade de golpe) |
Entre os malwares, destaque para as fraudes de aplicativos que cadastram o usuário em serviços pagos de SMS, que somaram mais de 3 milhões de golpes identificados pelo DFNDR Lab, e cópias de aplicativos reais que, após o download, promovem a exibição ilegal de anúncios, com 755 mil ameaças registradas.
Fique atento!
Segundo o Relatório de Segurança Digital no Brasil, a fusão de dois tipos de golpes, o phishing via apps de mensagens e o phishing bancário, é o tipo de golpe que mais deverá crescer nos próximos meses. “Essa variação de ciberataque reúne alto potencial de viralização e maior possibilidade de ganho financeiro para os criminosos”, diz Simoni. Para conhecer as principais formas de ação dos hackers e acompanhar de perto as principais ameaças que assolaram o país no período, acesse o site do DFNDR Lab.
Para ter acesso ao relatório completo, acesse aqui
Sobre o DFNDR Lab
O DFNDR Lab é o laboratório da PSafe especializado no combate ao cibercrime e em defesa da proteção da liberdade digital do internauta. O laboratório reúne um time global de white hat hackers com vasta experiência e conhecimento técnico em segurança digital, tecnologia proprietária baseada em inteligência artificial, machine learning, e colaboração em comunidade para combater golpes e ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados. Apenas em 2017, foi responsável pela detecção de mais de 205 milhões de ciberataques no país.
Sobre o relatório
O Relatório da Segurança Digital no Brasil, do DFNDR Lab, é baseado na coleta de dados sobre detecções e bloqueios de ciberataques aos celulares Android dos mais de 21 milhões de usuários dos aplicativos de segurança DFNDR. A análise foi realizada entre os dias 01 de outubro de 2017 e 31 de dezembro de 2017.