EDVALDO NOGUEIRA É ZABUMBEIRO? E DAÍ? :: Por José Lima Santana
José Lima Santana(*) jlsantana@bol.com.br
Se o candidato do gosto de Jackson e de parte do seu staff político-administrativo não conseguiu levantar voo, caberá a Edvaldo continuar crescendo nas pesquisas de intenções de votos e, assim, tentar bater João Alves, que, a bem da verdade, também é outro que patina. Não nas pesquisas, mas, sim, na gestão. Houve, nesses três anos e meio, muitos erros administrativos, muita teimosia e muita insistência de João em relação a pessoas que lhe cercam e a fatos. Ele não viu a banda passar. Não estava à janela. Não estava no portão. E a banda passou. Terá passado mesmo? Ou ele ainda poderá ouvir alguns sons da banda?
O PT está combalido. Aqui e em todo lugar. Todavia, se a militância cerrar fileira, poderá render votos para Edvaldo e Eliane Aquino, a vice-prefeita na chapa do “Zabumbeiro”. Eliane congregará o PT? E tome-lhe zabumbada! O governo do estado passa por dificuldades de caixa, como, ademais, passam os demais estados, ou quase todos eles. Essas dificuldades fazem com que Jackson Barreto não esteja em boa cotação diante do eleitorado, a começar pelos servidores públicos estaduais. JB, entretanto, é tinhoso. É macaco que sabe manejar os galhos das árvores. Sabe como se mover em situações embaraçosas. Já deu provas disso. E é rápido. Sabe ver, julgar e agir.
Edvaldo Nogueira saiu da Prefeitura, lascado pelo povo. Agora, poderá voltar com o sorriso aberto de orelha a orelha. Poderá. Ele tem muito que dizer contra a administração de João, embora o Negão não seja, salvo melhor juízo, uma galinha morta. Ainda não! Porém, Edvaldo conta com um bruxo ao seu lado: o publicitário Carlos Cauê, vitorioso em várias campanhas políticas. Gente de casa que conhece muito bem a casa da gente. Quanto a João, deverá apegar-se aos votos das classes alta e média, mirando também parcelas das camadas economicamente mais carentes, nesse caso, com o apoio do que ainda resta do carisma de Maria. E esperar que a roleta pare no número no que ele vai apostar as fichas que lhe restam.
João Alves não deve ter gostado do apoio de JB a Edvaldo. Para ele, o ideal seria mais um candidato, no caso, Zezinho Sobral, no lado que a ele faz oposição. Agora, restam ele, Edvaldo e Valadares Filho. Ah, e o senador Eduardo Amorim? Ia-me esquecendo dele. Mas... E ele será mesmo candidato a prefeito de Aracaju? Ou sucumbirá até as convenções e indicará o vice na chapa de João? A mim, sinceramente, não me parece que ele venha a se candidatar. Afinal, a direita deve unir-se para ganhar fôlego. Puxa! Ao referir-me à “direita” eu acabei escrevendo uma besteira. Direita ou esquerda neste país são coisas do passado. Índios juntos e misturados não têm mais tribo, embora alguns achem que têm. Ledo engano! Misturaram-se demais. Têm o mesmo cheiro. E as mesmas manias. Quase todos.
Falta falar em Valadares Filho. Ele está com o PSD, ou com a parte do PSD que está nas mãos dos Mitidieri, pai e filho. Alguém, em sã consciência, acredita numa terceira via, nas eleições aracajuanas? Acredita? Eu não. O bolo deverá ser disputado entre Edvaldo e João se este contar com os irmãos Amorim e seus seguidores. Fora disso, é realmente ficar de fora. Terceira via? Nem em sonho. Vamos ver. Enfim, em política e em briga de foice no escuro, tudo pode acontecer.
(*) DIÁCONO. ADVOGADO. PROFESSOR DA UFS. MEMBRO DA ASL, DA ASLJ E DO IHGSE.
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