Só vamos superar a crise se cada um fizer sua parte :: Por Marcio Rocha
Marcio Rocha (Foto: Arquivo Pessoal)
Mas essas perdas têm sido recuperadas com muito esforço da classe empresarial e dos trabalhadores, que juntos estão trabalhando seguindo as regras impostas para o controle da pandemia, combatendo a disseminação da doença e promovendo a recuperação das perdas das vendas do varejo e dos empregos que também foram perdidos no período. Estivemos com mais de 15 mil desempregados. Contudo, atualmente, os dados do CAGED apontam que metade desses empregos já foram recuperados. A tendência é de manutenção de elevação neste final de ano.
Esse é um dos resultados da retomada da confiança dos empresários no cenário econômico atual. Mesmo diante de instabilidades, por conta de um novo avanço da transmissão da COVID-19, a economia se comporta de modo mais promissor para os próximos meses. É importante salientar que durante os meses em comércio voltou a abrir as portas, a taxa de contágio esteve baixa e a pandemia sob controle no estado, mostrando que as atividades comerciais não tinham correlação com a doença. As lojas voltaram a atuar, voltaram a vender e voltaram a acelerar nossa economia que esteve parada após um grave tombo. Agosto, setembro e outubro apresentaram grandes elevações nas vendas, no que diz respeito à variação comparativa anual. Novembro e dezembro deverão manter essa trajetória de recuperação forte.
O momento atual inspira novos cuidados para que a doença não volte a avançar severamente como está acontecendo em outros estados do Brasil. Estamos com crescimento do contágio há um mês e estabilidade no número de mortes há dois meses. Estamos em um processo de recuperação dos postos de trabalho, porque os consumidores voltaram com força às lojas e esse ciclo virtuoso não pode ser momentâneo.
Para isso, é necessário que as pessoas voltem a se proteger e proteger aos outros. Pois é injusto que pessoas inocentes, trabalhadores inocentes e empregadores voltem a sofrer por atos inconsequentes de pessoas que não possuem noção do que é certo e ignoram o problema sério que está atrás das portas de quase 2.500 famílias, por terem perdido seus entes queridos. Não adianta acreditar que é invulnerável, fazer de conta que nada está acontecendo, aglomerar em festas, não usar a máscara nesse momento em que ela é necessária, nem dizer que só quem pega a doença é velho. O vírus está por todos os lugares e ele pode atingir a todos, suas famílias, empresas e empregos.