Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Marcio Rocha
Fonte: Marcio Rocha
Em: 09/01/2021 às 08:00
Pub.: 08 de janeiro de 2021

Inflação em Sergipe chega aos 3.20% em novembro :: Por Marcio Rocha

Márcio Rocha (Foto: Arquivo Pessoal)

Márcio Rocha (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Sergipe, que aponta a variação dos preços de produtos e serviços no estado, em novembro do ano passado apontou crescimento de 3,2% acumulados no período estudado. O que isso quer dizer? Isso é a popular inflação. O custo de vida do sergipano está levemente maior atualmente, que no início de 2020. O cálculo do indicador é feito de acordo com pesquisa de preços no primeiro e último dia de cada mês, portanto entre 01 de janeiro e 30 de novembro, chegou-se ao valor de 3.2% de elevação nos preços gerais dos produtos.

Dos nove subgrupos que compõem a formação do IPCA, sete apontam crescimento ao longo de 2020, dois indicam queda. A maior variação de elevação se encontra no grupo alimentação e bebidas, cujos preços dos produtos aumentaram 14.95%, um número assustador para as famílias, que dependem basicamente desses elementos para sobreviver. Um dos principais motivadores dessa elevação foi o preço de carnes, pois o mercado passou a sentir mais o impacto da exportação desses alimentos para outros países, reduzindo a oferta no mercado local e isso provoca elevação dos preços finais para o consumidor. Em relação às bebidas, o aumento no consumo de bebidas alcóolicas durante o período de pandemia, também forçaram o encarecimento. As pessoas estão bebendo mais e, com maior demanda, maior o custo do produto em si. 

Já um dado que chama atenção é a redução nos preços dos produtos de vestuário. Comprar roupas até novembro estava consideravelmente mais em conta para o consumidor. O IPCA de vestuário apontou queda de -7,13%, um dado importante diante de um período em que aparentemente tudo se encontra mais caro. Contudo, pode-se explicar de modo simples o que tem acontecido. As ações das lojas do comércio varejista de roupas para atrair o consumidor após a permissão da volta de seu funcionamento, contam com diversas promoções para o público, o que ajuda a trazer as pessoas de volta às compras. Além disso, muitos microempreendedores investiram em negócios online e estão vendendo seus produtos por meio de redes sociais, marketplaces, entre mais alternativas. Isso diminui os custos do valor final do produto, colocando o preço mais em conta para o consumidor. Foi um ano bom para a compra de roupas.

Na composição geral do IPCA, juntamente com alimentos e bebidas, houve aumento dos preços em habitação, artigos de residência, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais e comunicação. Já, o setor de educação segue no vácuo do vestuário, também com redução nos preços finais. De todo modo, até 30 de novembro, no contexto geral, se uma pessoa utilizava R$ 100 para fazer compras em janeiro, esse mesmo valor comprou um pouco menos de itens em novembro.

Os dados finais do IPCA de 2020 deverão sair até o final da próxima semana. O indicador inflacionário mostra no comparativo de janeiro a novembro, que os sergipanos estão com elevação de preços maior que a nacional, que apontou até o último período estudado, 3,13% de crescimento, com nosso povo pagando 0,07% a mais que a média nacional.


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