Sergipe segue em recuperação de empregos :: Por Marcio Rocha
Márcio Rocha (Foto: Arquivo Pessoal)
O estoque de trabalhadores com carteira assinada em Sergipe elevou para 275.664, o que nos coloca em níveis superiores do período anterior ao surgimento da pandemia da COVID-19 no estado. O saldo no período de janeiro a julho deste ano é de + 2.332 novos postos de trabalho. Se considerarmos o período do início da pandemia, março de 2020, até hoje, com os resultados de julho do CAGED, temos 3.105 empregos de saldo positivo. E a tendência é de ampliação. O período de algumas safras da agricultura está se aproximando e os empregos sazonais do setor deverão ter um aumento considerável. Contudo, o principal fator para esse acontecimento é a volta do funcionamento das atividades comerciais e de serviços, que tem sido gradativa, mas puxando fortemente o carro da economia para a frente. Então vamos descomplicar para você entender melhor.
O comércio está liderando a recuperação de postos de trabalho no estado, neste ano, com 2.037 vagas abertas neste ano, seguido pelo setor de serviços, com 1.483. Devemos lembrar que as atividades de serviços, principalmente de alimentação como bares e restaurantes, e eventos, uma cadeia que movimenta muito a economia do estado, foram as mais combalidas nesse processo complexo da pandemia que levou a economia a entrar em parafuso, tal qual um avião em queda livre. Entretanto, a flexibilização das medidas e retomada do funcionamento das lojas em horário normal, serviços com sua capacidade de atendimento ampliada e as novas ações em busca da captação de turistas para o estado, colocaram o avião da economia em estabilidade e já entrando em condição de empuxo novamente. Esse empuxo é o que anima os empresários do comércio, que estão querendo contratar mais para os próximos meses. O clima de entusiasmo é generalizado e o que tenho ouvido dos empreendedores é que a economia como um todo apresenta um novo fôlego, devolvendo a vontade de investir nos negócios e continuar o processo de encadeamento estrutural do mercado sergipano.
Nos últimos 12 meses, entre agosto do ano passado e julho deste ano, somente o mês de março apontou queda no volume de emprego em Sergipe. Não por coincidência, mas pela ascensão da pandemia novamente no estado. Todavia, o que lá sofreu turbulência, por lá mesmo ficou e os dados são progressivos desde então. O momento de ânimo deve ser compartilhado por todos, pois quando vemos um empresário interessado em contratar, é porque ele sabe que seu negócio vai continuar melhorando, sentimento expresso por 93% dos empreendedores na pesquisa ICEC, e todos ganhamos com isso. Cada emprego gerado lança um novo consumidor no mercado, seu salário volta para o mercado de consumo e retroalimenta a economia, sendo reinvestido nas empresas. O que promove um efeito multiplicador do crescimento pessoal, profissional, empresarial, da cadeia produtiva e, consequentemente do estado, que eleva arrecadação e melhora ou investe mais nos serviços públicos. E esses investimentos voltam para as empresas, e seguem se encadeando, formando novos empregos para nosso povo.