Aracaju (SE), 01 de novembro de 2024
Pub.: 19 de agosto de 2024

Eleição para prefeito de Aracaju tende a não polarizar ou nacionalizar? :: Por William França

Imagem: Instituto França

Imagem: Instituto França

Desde cedo venho observando cada candidatura posta e seus respectivos pesos e potenciais, e cheguei à conclusão que dificilmente a eleição de Aracaju polarize ou (muito menos) nacionalize, apesar de termos chapas do PT e PL, principais rivais à nível nacional e encabeçados por Lula e Bolsonaro, respectivamente. Ainda que ambos já tenham declarado apoio às suas candidatas, isso não deve levar a eleição de Aracaju à polarização entre elas.

E qual será o motivo principal para que isso não ocorra?

A força e/ou estrutura dos outros nomes postos. Ou alguém achou que Luiz Roberto (candidato do prefeito e do governador), Yandra (com a maior base evangélica e com volume de campanha alto desde o final do ano passado) e Danielle (senadora mais votada em Aracaju e principal nome de oposição em 2020, chegando ao 2º turno e obtendo mais de 40% dos votos) iriam “desidratar”?...Muito pelo contrário, vão abocanhar uma grande fatia dos votos dos aracajuanos.

Em desfavor da candidatura do PT, que tem como cabeça de chapa Candisse Carvalho, tem-se as candidaturas de esquerda do PSOL e PCO, que certamente tiram uma fatia de votos. Também tem o fato de Edvaldo Nogueira, aliado por muito tempo do PT, ter um candidato próprio e, com isso, “carregar” boa parte da militância e dos votos de esquerda, provavelmente mais votos que o próprio PT terá nesse primeiro turno, considerando todas as pesquisas divulgadas do Instituto França, nas quais Luiz Roberto sempre aparece à frente de Candisse.

Pendulando para o lado direito, temos os votos de direita que seriam de Emília, se não fosse a grande base de lideranças evangélicas montada ao redor de Yandra. Também o fato da própria Yandra e seu grupo terem andado junto e pedido votos para Bolsonaro em 2022. Será que isso conta na divisão do bolo?...CERTAMENTE!

Nem Bolsonarista e nem Petista, Danielle tem votos de centro, centro direita e centro esquerda, além dos independentes, simpatizantes, admiradores do seu trabalho quando das grandes operações no comando da DEOTAP e, para completar, tem o recall das duas últimas eleições que participou: 2020 como candidata a prefeita pela oposição (votos que poderiam ir para Emília, caso Dani não fosse candidata) e como candidata a senadora mais votada da capital.

Todos esses ingredientes juntos dão sinais que o bolo terá fatias de todos os tamanhos e dificilmente apenas duas grandes fatias e algumas migalhas.

 


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