Ansiedade, depressão e suicídio: a epidemia silenciosa do nosso tempo
Eu sempre acreditei que o jornalismo, quando feito com verdade, é uma forma de abraço, daqueles que alinham coluna, alma e pensamento. E, hoje, mais do que informar, eu preciso alertar. Não como jornalista. Não como professora. Não como pesquisadora de comportamento digital. Mas como mulher que olha o mundo com certo espanto e uma dose crescente de preocupação.
A humanidade vive um cansaço que não vira post, não cabe em story e não combina com filtro. É um cansaço silencioso, desses que não arranha o rosto, mas trinca por dentro. E não adianta colocar culpa só na notificação do celular como se o problema fosse o plim do WhatsApp. A verdade é que estamos vivendo uma mutilação psicológica coletiva. O cérebro está cansado, a alma está aflita, e ninguém quer admitir que estamos mentalmente em frangalhos, alguns mais mutilados que outros.
O celular virou um tirano moderno. Em cinco minutos de rolagem você recebe mais estímulo do que sua avó recebia em um ano inteiro. É como se o cérebro estivesse em um carnaval permanente, só que sem fantasia, sem descanso e sem a alegria espontânea do bloco. Tudo pulsa, tudo chama, tudo briga por atenção. O pobre cérebro tenta funcionar com dignidade, mas está mais para estagiário da vida tentando responder a 200 notificações enquanto segura o café e finge que sabe para onde está indo.
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