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Aracaju (SE), 26 de dezembro de 2025
POR: Federação Brasileira de Hemofilia
Fonte: Federação Brasileira de Hemofilia | Transcrita do Portal Infonet
Em: 25/04/2017 às 16:09
Pub.: 25 de abril de 2017

Sergipe alerta sobre tratamento preventivo da hemofilia

As atividades ocorrem às 08h no auditório do Tribunal de Conta.

Mariana Battazza Freire, presidente da Federação Brasileira de Hemofilia (Foto: Taba Benedicto)

Mariana Battazza Freire, presidente da Federação Brasileira de Hemofilia (Foto: Taba Benedicto)

Em 17 de abril é datado o Dia Mundial da Hemofilia, distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue e que, segundo o Ministério da Saúde, atinge mais de 12 mil pessoas no Brasil. Para conscientizar a população, o Hemocentro de Sergipe, a Associação Sergipana de Hemofilia e Federação Brasileira de Hemofilia (FBH) promoverão no dia 27 de abril, uma ação com o Tema “Fortalecimento das ações coletivas das pessoas com hemofilia na luta pelo direito à saúde”. As atividades iniciarão às 08h00 no auditório do Tribunal de Contas de Sergipe: Av. Conselheiro Carlos Alberto Barros Sampaio, S/Nº, Capucho.

Os convidados são pessoas com hemofilia, outras coagulopatias, assim como seus familiares, representantes da Secretaria Estadual da Saúde, do Conselho Estadual de Saúde e Coordenadores de Atenção Básica do Estado.  

Entre os temas abordados estão o panorama da hemofilia no estado de Sergipe e uma exposição sobre a finalidade, estruturação e importância das associações que representam as pessoas com coagulopatias. Haverá momentos de dinâmica de grupo e oportunidade para relatos de experiências.

“Esta data é um importante momento para a conscientização das pessoas com hemofilia sobre os seus direitos que vão desde a gratuidade do acesso ao diagnóstico, acompanhamento médico e medicamentos pró-coagulantes - distribuídos pelo Ministério da Saúde - até a desmistificação sobre o fato de que estas pessoas podem ter uma vida ativa, autônoma e livre, se fizerem o tratamento de profilaxia. Com este tratamento, que está disponível pelo SUS para as pessoas com hemofilia grave ou com sintomas de grave de qualquer idade, o paciente pode praticar esportes, exercer uma profissão, frequentar escolas e universidades e viver como as outras pessoas sem a coagulopatia, desde que preservando alguns cuidados e seguindo as prescrições médicas”, explica Mariana Battazza Freire, presidente da FBH.

Entendendo a hemofilia

A hemofilia é uma disfunção crônica, genética e não contagiosa, sendo que 1/3 dos casos ocorre por mutação genética e 2/3 por hereditariedade. Existem dois tipos, que podem ser classificados entre leve, moderada e grave. A hemofilia A, que representa 80% dos casos, ocorre devido à deficiência do fator VIII (FVIII). Já a hemofilia B ocorre pela deficiência do fator IX (FIX).

Até 2011, as pessoas com hemofilia no Brasil desenvolviam graves sequelas articulares e sofriam de dores permanentes, pois o tratamento era feito sob demanda, ou seja, o paciente somente era medicado depois de sofrer uma hemorragia e não havia como preveni-la. A hemorragia articular, a mais frequente entre estes pacientes, causa degeneração articular e consequentemente, deficiência física nos pacientes. “Porém, desde 2012, o Ministério da Saúde, passou a distribuir medicação suficiente para que seja realizada a profilaxia. É o tratamento preventivo que permite que as pessoas estudem, trabalhem, pratiquem esportes e convivam socialmente como os demais cidadãos sem a deficiência de um dos fatores e sem desenvolver sequelas físicas”, ressalta Mariana.

A profilaxia, como é denominado o tratamento preventivo a pessoas com hemofilia, previne a ocorrência de sangramentos, sintoma comum, associado ao distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue. A profilaxia consiste na aplicação intravenosa do fator deficiente no sangue, de uma a 7 vezes por semana, de acordo com a prescrição do médico. Pode ser realizada em casa por algum familiar ou pela própria pessoa com hemofilia, mediante treinamento técnico fornecido pelos profissionais do hemocentro e condições para armazenamento do medicamento. Os medicamentos são fornecidos pelo SUS e distribuídos nos hemocentros, onde as pessoas com hemofilia recebem também o acompanhamento por equipe multidisciplinar especializada.

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