Afinal, para que serve a Ostomia?
Médica e professora da Unit, explica o procedimento da Ostomia e quando ela é indicada para o paciente.
Luciana Hora Góis, professora do Internato do Curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)
“Ela pode salvar vidas nos casos em que são construídas em situações de emergência, tais como obstrução intestinal, em perfurações infecciosas, isquêmicas e ou traumáticas do cólon e reto, deiscências de anastomose colorretal ou em sepse perianal grave advindos de abscessos no ânus. Situações nas quais o paciente necessita ter o trânsito intestinal desviado para que a presença de fezes não seja o agente agravante para a recuperação do mesmo”, relata.
A bolsa de ostomia é indicada em pacientes em situações de emergência em que é imprescindível o desvio do trânsito intestinal. Luciana também relata que ela pode ser útil em casos de situações eletivas em pacientes que possuem Doença Inflamatória Intestinal, Polipose Adenomatosa Familiar ou Tumores malignos do intestino grosso e reto. “Em alguns casos, as condições gerais ruins de saúde do paciente, principalmente a desnutrição, determinam a necessidade da colostomia. Em crianças elas são indicadas em malformações anorretais, megacólon congênito ou em urgências infantis, podendo incluir o trauma”.
A utilização da bolsa interfere diretamente na qualidade de vida do paciente, uma vez que, após sua recuperação completa, ele deve ser encorajado a gozar de uma vida plena e ativa. É possível continuar a praticar esportes, viajar e caminhar ao ar livre. “Superar o desconhecimento e medo frequentemente é o assunto mais importante que deve ser abordado pelo cirurgião ao preparar o paciente para receber uma ostomia. A construção de uma ostomia gera mudanças no estilo de vida, nas relações familiares e sociais do indivíduo”, reitera.
Luciana também conta que o estomatoterapeuta é o profissional capacitado por curso formal a prestar assistência às pessoas ostomizadas, ajudando a manejar com os dispositivos e adaptação às atividades do paciente. Ela também relata que acompanhamento psicológico também é necessário.