Projeto científico leva estudantes do Ensino Médio a simularem missão para Marte
Ação desenvolvido pela Unit em uma escola pública de Aracaju faz parte de um projeto que estimula o ensino e o interesse por conteúdos e carreiras nas áreas de ciências, tecnologia, engenharias e matemática
Projeto científico leva estudantes do Ensino Médio a simularem missão para Marte - Foto: Asscom Unit
Alunos do Ensino Médio de uma escola de Aracaju vão estudar e preparar, com detalhes, uma missão de exploração especial que deverá ser enviada para o planeta Marte, a uma distância média de 220 milhões de quilômetros da Terra. Este grande desafio de imaginação está sendo proposto em um projeto educacional desenvolvido por professores e pesquisadores da Universidade Tiradentes (Unit), junto aos alunos do 1º ano do Ensino Médio no Centro de Excelência Professor Paulo Freire, escola pública estadual situada no Bairro Industrial, em Aracaju.
O projeto, que ganhou o sugestivo nome de “Partiu, Marte!”, foi um dos seis projetos selecionados em todo o país para o programa STEM Brasil, promovida pelo Consórcio STEM Brasil com a Boeing e a Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento (PADF) e que tem o objetivo de contribuir na formação de professores em temáticas ligadas ao ensino ativo e à chamada “Educação STEM”, referente às disciplinas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Além da Unit, única instituição do Nordeste a participar desta edição do programa, foram escolhidos projetos desenvolvidos por outras cinco universidades dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pará.
De acordo com a professora Ana Cláudia de Ataíde Mota, assessora pedagógica da Pró-Reitoria de Graduação da Unit, o “Partiu, Marte!” busca desenvolver entre os jovens alunos o interesse e curiosidade por carreiras e assuntos relacionados à ciência, à engenharia e à tecnologia, além de integrar o tema aos conteúdos de Física, Química, Biologia, Matemática e Geografia, ao estimular os estudantes a trabalharem com temas relacionados à exploração espacial. Entre eles, estão os princípios científicos e tecnológicos necessários para a exploração e colonização do planeta; os métodos de filtração de água e reciclagem de ar; e a gestão de recursos em ambientes extraterrestres, relacionando com práticas de sustentabilidade na Terra.
“Os estudantes podem trabalhar em atividades práticas que envolvem desde a construção de maquetes de foguetes até simulações de vida em Marte, o que facilita o aprendizado de conceitos complexos de forma prática e divertida. A abordagem pode envolver trabalhos em grupo, onde os estudantes colaboram para resolver problemas e desafios, como criar soluções para a sobrevivência em Marte, promovendo habilidades de comunicação, colaboração e resolução de problemas”, explica Ana Cláudia, acrescentando que a temática também “desafia os estudantes a pensar de forma crítica, solucionar problemas complexos e colaborar em projetos que exigem uma compreensão profunda de diversas disciplinas”.
O projeto da Unit tem a coordenação, além de Ana Cláudia, da pesquisadora Silvia Maria Egues Dariva, doutora em Engenharia Química e professora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP/Unit). Ele é desenvolvido com os estudantes do Centro Paulo Freire através de atividades in loco, na própria escola, e mais a participação de professores da Unit e pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). O projeto acontece até dezembro e, ao final, vai premiar a escola e seus alunos com kits de ciências e astronomia.
Segunda vez
Este é o segundo ano consecutivo em que a Unit é escolhida para participar do STEM Brasil. Na primeira edição, em 2023, Outra equipe de professores e pesquisadores da Unit trabalhou na criação e desenvolvimento de uma horta orgânica com técnicas modernas de irrigação, que foi construída em conjunto com cerca de 100 alunos de Ensino Fundamental da Escola Estadual 8 de Julho, no bairro Ponto Novo, também em Aracaju.
As atividades incluíram uma tarde de inserção dos alunos no Tiradentes Innovation Center e no ITP, unidades de suporte para a realização de atividades de pesquisa científica e inovação tecnológica. “Na ocasião, eles puderam conhecer todo o funcionamento do Fab Lab, além de terem realizado experimentos no ITP e uma imersão nesse ambiente que respira ciência de ponta. A horta foi desenvolvida com resultados e aprendizados que gerarão produtos para os estudantes a longo prazo”, lembra Ana Cláudia, destacando que o projeto teve resultados considerados excelentes.
“A participação da Unit nesta segunda edição do projeto representa um avanço significativo na integração de nossos alunos com o mundo real, onde o aprendizado ultrapassa as barreiras da sala de aula e se materializa em experiências práticas e enriquecedoras. Estar envolvido em um projeto dessa magnitude também nos posiciona como uma instituição comprometida com a promoção da ciência e tecnologia no Brasil, contribuindo para a formação de uma sociedade mais inovadora e preparada para os desafios do futuro”, conclui a professora.