Conferência Territorial da Economia Popular Solidária reúne representantes em Nossa Senhora da Glória
Primeira de quatro reuniões é realizada pelo Governo de Sergipe, em parceria com Fórum Estadual de Economia Solidária e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
Conferência Territorial da Economia Popular Solidária reúne representantes em Nossa Senhora da Glória - Foto: João Vitor Lobo
O município de Nossa Senhora da Glória, no alto sertão sergipano, sediou nesta terça-feira, 22, a Conferência Territorial da Economia Popular Solidária realizada pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), em parceria com o Fórum Estadual de Economia Solidária do Estado de Sergipe e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Realizada no campus da Universidade Federal de Sergipe (ufs) no município, esta foi a primeira de quatro conferências de discussão e deliberação, que serão realizadas no estado. Com o tema ‘Economia Solidária como política pública’, estes eventos buscam discutir coletivamente o desenvolvimento do segmento econômico, que tem como características o associativismo, a autogestão e a solidariedade. Com a presença de representantes dos municípios que compõem os territórios do alto e médio sertão e agreste, a Conferência também serve para eleger os delegados que representarão os territórios na grande Conferência Estadual, que acontecerá após as quatro territoriais.
Na abertura, o técnico da Diretoria de Economia Solidária (ES) da Seteem, Gilton Andrade, representando o secretário de estado do Trabalho, Jorge Teles, e a diretora Elayne Araújo, destacou o incentivo do governo estadual aos empreendimentos locais, presentes no programa ‘Sergipe é aqui’ nos municípios, assim como o espaço garantido nos grandes eventos realizados ou patrocinados pelo governo. “Nos sentimos honrados de estarmos incluídos neste projeto, porque temos a consciência, não da obrigação, mas no sentido de partícipes de um processo de crescimento da economia solidária e popular. Entendemos que precisamos da luta, ser mais concorrentes na questão da participação. Será construída uma nova era, uma nova realidade, na qual todas as esferas, federal, estadual e municipal, se juntam. Neste momento, as conferências, o trabalho junto à comunidade, é de construção, não da visão do que está ruim ou do que está bom, mas daquilo que falta para melhorar”, avaliou o técnico da Seteem.
Política pública
A coordenadora do Fórum Estadual da Economia Popular Solidária, Claudia Pereira, explicou a dinâmica das conferências territoriais. Nesta primeira, 27 municípios estiveram representados, discutindo as propostas para promover a economia solidária. Estas discussões acontecem em grupos separados, com as representações que compõem a economia solidária. “Participam a entidade de apoio e fomento, gestão, que são todos os níveis governamentais (municipal, estadual e federal) e os empreendimentos, que representam 50% dessa pirâmide, que justamente pode ser grupo informal, associação cooperativa, porque economia solidária não é MEI, não é individual. Economia solidária trata justamente da autogestão do trabalho em grupo, associativo, atrativo. Então a nossa presença aqui é justamente para tirar novos delegados, para distribuir a afirmação das políticas públicas de economia solidária e fazer com que as pessoas entendam que a economia solidária está presente e feita para ficar, e não somente uma passageira”, destacou a coordenadora.
Para o superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Cláudio Caducha, que representa o Ministério do Trabalho, o grande desafio para que mais pessoas passem a atuar na economia popular e solidária de forma organizada é entender que esta é uma prática econômica coletiva. Juntar pessoas para compartilhar resultados econômicos é o desafio da economia solidária. “Estamos aqui na primeira etapa das conferências regionais de economia solidária, com o Ministério do Trabalho e Emprego, ressaltando a necessidade de encontrarmos nas políticas públicas, que hoje servem ao mundo do trabalho, o lugar da economia solidária como forma organizarmos os trabalhadores e fazer com que os recursos advindos do estado potencializem essa prática econômica, que é de grande importância pela sua inclusão social e econômica da população brasileira e da população de Sergipe”, declarou Caducha.
Demais Conferências
Os próximos encontros acontecerão nos dias 24, nos territórios centro sul e sul; dia 25, para representantes do território do baixo São Francisco; e dia 31 de outubro para a grande Aracaju e São Francisco. Ao final das discussões territoriais, será elaborado e encaminhado um documento para a Conferência Nacional de Economia Solidária, prevista para abril de 2025. As conferências territoriais acontecerão em diferentes cidades do interior, e um evento, em Aracaju, reunirá todos os territórios na Conferência Estadual.
Nesta primeira conferência, estiveram presentes também representantes da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Sergipe (Fetase) e mais de 30 conferencistas, além de autoridades locais.