Aracaju (SE), 16 de abril de 2025
POR: Tereza Andrade
Fonte: Tereza Andrade
Em: 14/04/2025 às 08:49
Pub.: 14 de abril de 2025

Não há avanços em mais uma rodada de negociação das convenções coletivas dos trabalhadores do comércio e serviços

“Uma vergonha o que a categoria está passando”, Ronildo Almeida, Fecomse

Reunião das convenções coletiva na sede da SRTE - Foto: Márcio Garcez

Não houve avanços em mais uma rodada de negociações das convenções coletivas de trabalho dos comerciários e serviços do Estado de Sergipe. Em reunião ocorrida na quinta-feira, 10, desta vez sob a mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o setor patronal se mostrou insensível às demandas da categoria – a reunião ocorreu na sede do órgão, em Aracaju.  

“É lamentável e preocupante a situação dos trabalhadores e trabalhadoras desses ramos de atividades, algo nunca visto até hoje. Salários achatados, jornadas excessivas de trabalho, descumprimento da legislação da jornada da mulher, metas inalcançáveis, pressão psicológica, adoecimento, uma vergonha o que a categoria está passando”, protesta em Ronildo Almeida, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse).

Para o dirigente sindical, faz-se necessária uma negociação urgente, que traga respeito e dignidade para toda categoria, já que a data-base da maioria dos setores é janeiro e a pauta de reivindicação foi entregue ao patronato desde o ano passado.  “Nada justifica o momento pelo qual estamos passando, e ainda por cima tentam nos obrigar a trabalhar nos feriados. É preciso recuperar o respeito e o tratamento digno, não podemos ser tratados como objetos, como um nada”, pontua Ronildo Almeida.

Descaso e desrespeito - “Somos nós, trabalhadoras e trabalhadores que, através da nossa mão de obra, fazemos movimentar a economia e geramos os lucros para os patrões. Estamos regredindo no tempo, vivendo mal, perdendo o poder de compra. Não é concebível vivermos essa situação, de descaso e desrespeito. Precisamos de salários dignos e vida decente, inclusive, acabando com essa escala de trabalho 6X1, que tanto humilha a classe trabalhadora. Precisamos acabar com esse famigerado banco de horas que tanto explora e inibe novas contratações”, argumenta o presidente da Fecomse.

Para Ronildo Almeida, é preciso sentar à mesa de negociações com respeito e sensibilidade e fechar as convenções coletivas de trabalho, trazendo paz e respeito para todos. “Os trabalhadores e as trabalhadoras, como sempre, deram sua contribuição para o bom funcionamento das empresas. Não estamos pedindo favor, mas o pagamento das dívidas que o setor patronal tem com os seus empregados.  Queremos salários justos e vida além do trabalho”, pondera Ronildo Almeida.

O dirigente da Fecomse ressalta que as entidades sindicais dos trabalhadores continuam abertas ao diálogo para discutir jornada de trabalho, feriados, horas extras, piso da categoria, reajustes salariais e condições de trabalho. “A classe trabalhadora mantém as portas abertas para os entendimentos e as negociações”, observa.

Pauta - Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a manutenção de cláusulas das convenções coletivas vigentes, recomposições salariais e discussão de algumas cláusulas novas que se fazem necessárias. 


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