Aracaju (SE), 14 de maio de 2025
POR: Cândida Oliveira
Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa
Em: 13/05/2025 às 13:26
Pub.: 13 de maio de 2025

Curta sergipano "Coisa de Preto” conquista prêmio de Melhor Roteiro no festival Tela Cariri

Curta sergipano “Coisa de Preto” conquista prêmio de Melhor Roteiro no festival Tela Cariri - Foto: Divulgação

Com roteiro da professora e cordelista Daniela Bento e direção de Pâmela Peregrino, o curta-metragem de animação “Coisa de Preto” será lançado no dia 19 de maio, às 19h, no Teatro Raízes Nordestinas, em Poço Redondo (SE), a entrada é gratuita. A produção já foi premiada com Melhor Roteiro no festival Tela Cariri: O Nordeste É Coisa de Cinema, realizado de 20 a 30 de março de 2025. O curta é distribuído pela Corpo Fechado Produções e foi contemplada no Chamamento Público nº 01/2023 – Senira Correia de Souza, com recursos da Lei Paulo Gustavo (LC nº 195/2022), do Governo Federal.

Inspirado no livro em cordel de mesmo nome, escrito por Daniela Bento, o curta tem como proposta resgatar o significado da expressão “coisa de preto”, historicamente utilizada de forma pejorativa, e transformá-la em um manifesto de afirmação cultural, intelectual e religiosa da população negra brasileira. “A ideia foi desconstruir a violência simbólica contida na frase e mostrar, principalmente para as crianças, que coisa de preto é ciência, é cultura, é religião, é saber ancestral. É também resistência, construção de país e de futuro”, destaca Daniela Bento, autora e roteirista da obra.

A animação aborda temas como a demonização das religiões de matriz africana, o apagamento histórico das contribuições de negros e negras no Brasil, a expropriação cultural, além das condições de trabalho impostas à população afro-brasileira. Traz ainda referências positivas de figuras negras nos campos da ciência, arte, política e espiritualidade, promovendo uma experiência educativa e sensível ao público infantil.

Dirigido por Pâmela Peregrino, o curta é narrado pela cordelista Izabel Nascimento e conta com tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais), ampliando o acesso ao conteúdo por pessoas surdas, com deficiência auditiva ou com baixo letramento. “Pensamos uma obra acessível e plural, que pudesse alcançar crianças de diferentes contextos, respeitando também as especificidades de acessibilidade. A arte precisa dialogar com todos e todas, e esse foi um compromisso do início ao fim”, afirma Pâmela Peregrino, diretora do projeto.

“Coisa de Preto” segue em circulação por festivais e mostras de cinema pelo Brasil, fortalecendo o cinema nordestino e reafirmando o papel da animação como ferramenta de educação antirracista e valorização das culturas afro-brasileiras.


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