Energia solar residencial: o que acontece com os créditos não utilizados?
A energia solar é uma fonte limpa, renovável e abundante que contribui para a independência energética, combate as mudanças climáticas e fortalece uma matriz elétrica mais sustentável para o futuro

Atualmente, especialmente em razão das mudanças climáticas, a busca por modelos alternativos no consumo de energia tornou-se mais intensa. Nesse processo, a energia solar residencial mostra-se uma excelente alternativa para aqueles que buscam economia na conta de luz, através do consumo consciente e sustentável. Em suma, todo o processo que envolve a energia solar é teoricamente simples.
A partir da instalação de um sistema fotovoltaico, o consumidor passa a gerar sua própria energia. Além disso, quando esse consumidor produz mais energia do que consome diariamente, esse resíduo é injetado na rede elétrica, sendo convertido em créditos que podem ser usados posteriormente, reduzindo, portanto, o valor das faturas seguintes.
É importante compreender que esses créditos são registrados pela distribuidora local, podendo ser utilizados por até cinco anos. Nesse período, o consumidor pode usar esses créditos para abater o consumo em meses nos quais a geração for menor do que a demanda, como em dias com pouca incidência do sol. Portanto, o sistema funciona como um tipo de banco de energia, que garante uma certa estabilidade ao longo do tempo.
Os créditos de energia solar são vantajosos?
De fato, o formato de compensação de energia produz uma série de pontos positivos. Um deles, por exemplo, é a redução no custo da conta de luz. Geralmente, os imóveis que usam sistema de energia solar costumam pagar um valor reduzido na fatura mensal. Além disso, nos casos em que se acumulam excedentes, a economia tende a ser ainda maior.
Além disso, também ocorre o abatimento no imposto de renda. Isso acontece porque, ao fazer a declaração do Imposto de Renda, é possível incluir o investimento em energia solar na benfeitoria do imóvel. Todavia, talvez, o mais importante seja a proteção contra o aumento repentino na conta de luz. Esse benefício firma-se na ideia de que a compensação de energia é feita com base em kWh, e não reais.
Mas o que acontece com os créditos quando não são usados?
Esta é, sem dúvidas, uma dúvida muito frequente. O primeiro ponto para esclarecer esta questão é compreender que os créditos são medidos em quilowatts-hora, portanto, não existe repasse de dinheiro ao consumidor. É em razão disso que há esse prazo de cinco anos para utilizá-los, a fim de obtê-los nas próximas contas de luz. Todavia, existe, também, outra possibilidade, que é a transferência dos créditos para outra unidade consumidora.
Essa alternativa de transferência dos créditos de energia solar para outra unidade consumidora necessita que as titularidades dos dois locais sejam iguais, além de estarem no raio de distribuição da mesma concessionária. Em casos como os de condomínios, é possível fazer o compartilhamento da energia gerada para todas as áreas comuns ou entre todas as faturas de energia.
No fim, para quem deseja tirar o máximo proveito do sistema fotovoltaico, com planejamento e acompanhamento adequado, é possível reduzir custos, evitar perdas e contribuir de maneira ativa para um modelo energético mais sustentável.