Projeto Rede Solidária promove a live Arraiá em Rede: Cultura, tradição e geração de renda
O período junino é celebrado com festas em todo o país, especificamente na região Nordeste, com a produção de artesanatos, alimentos à base de milho, coco, tapioca, amendoim, além das danças, músicas e cores alegres que só os arraiás proporcionam. Para dialogar sobre esse rico período em tradição, cultura e geração de renda, o projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), realizará a Live Arraiá em Rede: Cultura, tradição e geração de renda, na quarta-feira, 18, às 16h, na página do Instagram da iniciativa.
A Live irá contar com a participação de três mulheres experientes na área de comercialização do projeto, as catadoras de mangaba Alicia Salvador e Dilva Souza, dos povoados Pontal, em Indiaroba, e Manoel Dias, em Estância, respectivamente, e a artesã Eugênia Lima, do município de Carmópolis. A mediação será feita pela jornalista do projeto, Rita Simone, que ressalta o papel desempenhado pelos produtos da Rede Solidária de Mulheres.
“Os produtos desenvolvidos pelas mulheres têm um papel não somente simbólico, desde o ponto de vista cultural, mas também político, uma vez que eles fortalecem a soberania alimentar sergipana, princípio vital para a segurança alimentar de uma sociedade. Ao participar dos eventos e comercializar os frutos de seus territórios, elas trazem para nossas mesas e nossos espaços, singularidades das receitas e dos saberes passados de geração em geração, necessárias para nossa identidade e senso de pertencimento. Os licores de murici e mangaba, por exemplo, considero iguarias. Por isso, não abro mão, principalmente neste período junino”, afirma Rita.
A artesã e responsável pelo E-commerce do projeto, Eugênia Lima, complementa a fala de Rita Simone ao enfatizar que a participação das mulheres nos eventos é uma forma de fortalecer os territórios a partir da divulgação de seus produtos. "Quando estamos na comercialização não estamos só vendendo um produto feito por nós, mas conversamos com as pessoas, contamos as nossas histórias, de nossas comunidades, apresentamos a nossa cultura e tudo aquilo que envolve a criação de uma geleia, de um brinco, de uma passadeira. Cada produto feito manualmente por nós carrega também a história e a cultura de nossas comunidades", destaca Eugênia.
A coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, reforça a importância da troca de experiências entre as mulheres em espaços como a live, de modo a ampliar o debate e o acesso a mais mulheres. “A live é uma forma de aproximar as mulheres que estão em diferentes regiões para realizar essa troca de experiências, ouvir as narrativas e perspectivas de suas colegas, de modo a inspirá-las e encorajá-las a ocupar todos os espaços possíveis, afinal, esse é também um dos objetivos do nosso projeto, empoderar e fortalecer as mulheres, suas histórias e todas essas relações intrínsecas ao território e suas comunidades”, concluiu Mirsa.
A Live “Arraiá em Rede: Cultura, tradição e geração de renda” acontece no dia 18 de junho, quarta-feira, às 16h, na página do Instagram do projeto.