Dois projetos culturais sergipanos são premiados nacionalmente pelo Iphan
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) premiou na noite de quinta-feira, 20, oito ações culturais que promoveram a valorização e a promoção do Patrimônio Cultural Brasileiro. Dentre essas iniciativas, dois prêmios vieram para Sergipe: o projeto Mestres do Fogo, que tem como proponente a professora Sayonara Viana Silva, contando com a participação do pesquisador Gilfrancisco e o apoio do Tribunal de Contas do Estado; e o projeto Pescando Memórias, que tem como proponente Isabela Bispo dos Santos Santana e a participação de Givanildo Santana, da comunidade São Brás.
Presidente do TCE, Clóvis Barbosa (centro), ladeado pelo diretor de comunicação do TCE, Marcos Cardoso; pela proponente do projeto professora Sayonara Viana Silva; e pelo pesquisador Gilfrancisco (Imagem: TCE/SE)
O presidente do TCE/SE, Clóvis Barbosa, esteve presente à cerimônia de entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, ocorrida no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA). Pela primeira vez realizada fora de Brasília, a premiação homenageou neste ano o Samba de Roda da Bahia. O evento encerrou com um show da cantora Roberta Sá.
O projeto Mestres do Fogo, que contou com apoio do TCE/SE desde a gestão na presidência do conselheiro Carlos Pinna, resgata os saberes que envolvem a forma artesanal de feitura do barco de fogo e dos fogos de Estância. “A pesquisa começou em junho de 2013 nos bairros Porto D’Areia e Bonfim, onde ainda vivem os mestres fogueteiros e os brincantes do barco de fogo”, explica Sayonara Viana.
Pescando Memórias, o outro projeto sergipano vencedor, tornou possível ao povoado São Brás, com apenas duas ruas e cerca de 350 pessoas e localizado no município de Nossa Senhora do Socorro, às margens do Rio do Sal, encontrar em sua própria história uma porta de saída para se desenvolver. O povoado passou também a “pescar” a memória do lugar, com a participação da juventude local, mudando seu destino.
As ações premiadas foram escolhidas pela Comissão Nacional de Avaliação dentre as 60 propostas de 22 estados brasileiros e Distrito Federal. Foram 220 inscrições enviadas para a 29ª edição do Prêmio realizado neste ano.
“A reflexão que podemos fazer aqui é que o desafio da preservação não é só do poder público, seja nas grandes cidades ou no interior do Brasil. O gestor público tem o importante papel de induzir, chamar a atenção e, no nosso caso, premiar aquela ação positiva”, afirmou Kátia Bogéa, presidente do Iphan.
“Os projetos premiados resumem a ideia de responsabilidade social, de fazer com que a preservação do patrimônio cultural seja uma iniciativa e uma preocupação de todos”, comentou o presidente do TCE/SE, Clóvis Barbosa.