Nadadores olÃmpicos elogiam estrutura do Zé Peixe
Já às vésperas da partida para o Rio de Janeiro, as equipes elogiaram o centro de treinamento e a recepção dos sergipanos.
O diretor de esportes da Secretaria de Estado do Turismo e do Esporte (Setesp), Gilson Dória credita uma série de fatores para o sucesso da acolhida dos atletas estrangeiros, dentre elas a qualidade do Centro Aquático Zé Peixe (Foto: Setesp/SE)
As delegações olímpicas de natação, que estão no estado para a fase de aclimatação, participaram na manhã desta quinta-feira, 28, de um treino coletivo no Parque Aquático Zé Peixe, em Aracaju. Já às vésperas da partida para o Rio de Janeiro, as equipes elogiaram o centro de treinamento e a recepção dos sergipanos.
De acordo com o técnico da Polônia, Piotr Gegotek, Sergipe foi a melhor opção dentre os estados visitados por ele para que sua equipe se ambientasse com o clima tropical. “Sergipe foi decisão perfeita para nós, pois nos oferece o que estávamos procurando, que era uma cidade pequena, hospitaleira, com o clima parecido com o Rio de Janeiro e com uma boa estrutura para o treinamento”, explicou.
O técnico também agradeceu a recepção e carinho do público sergipano. “Muito obrigado pela hospitalidade, pela bondade e pelo apoio dado à nossa equipe durante a nossa estadia”, declarou.
Um dos grandes nomes da equipe islandesa, Eygló Gústafsdóttir, disse ter se apaixonado pela cultura sergipana e não excluiu a possibilidade de retornar ao estado. “Eu me apaixonei pela cidade, pelas cores... todo mundo parece feliz aqui. E também pelas pessoas que estão cuidando de nossa equipe, eles são fantásticos. Tudo está sendo muito melhor do que eu esperava. O centro de treinamento é muito bom e estou muito feliz aqui. Quem sabe no futuro eu volte”, disse.
Participando pela primeira vez nas Olímpiadas, o Gabão enviou um atleta para aclimatação em Sergipe, Mael Amboquilat, que falou da responsabilidade em representar seu país. “Estou em Aracaju há seis dias, estou gostando de treinar aqui. O grande desafio para mim, além do tempo, é representar meu país, que participa pela primeira vez em sua história das Olimpíadas. É uma grande responsabilidade, mas sinto que tenho o que é preciso para causar uma impressão positiva do meu país”, declarou.
A ocasião foi de estreia também para Gileno dos Santos, de 11 anos, do município de São Cristóvão. O menino, que nunca tinha estado no Centro Aquático Zé Peixe, tampouco conhecido atletas, não se intimidou e logo fez amizade com a equipe polonesa. “Estou gostando muito de estar aqui, nunca tinha vindo. Eu gosto de futebol, mas meu esporte preferido é a natação. Pedi para os atletas assinarem meu boné, vou torcer por eles”, garantiu.
Para a professora de educação física da Escola Municipal Gina Franco, no município de São Cristóvão, a oportunidade de acompanhar seus alunos foi uma experiência ímpar. “Foi muito importante trazer eles aqui hoje para participar deste momento, para que eles tivessem essa maior interação com o esporte. Eles são de municípios pequenos e, para eles, isso aqui é um grande evento, como se já fosse as Olimpíadas. Tanto que eles perguntaram: ‘tia, aqui já vai ser a competição?’. Para eles, isso é o máximo. A minha satisfação de estar aqui com eles é essa, de eles verem o novo, de reforçar a importância de continuarem sonhando. Os atletas também foram crianças como eles e também sonharam”, explanou.
Excelência
O diretor de esportes da secretaria de Estado do Turismo e do Esporte (Setesp), Gilson Dória credita uma série de fatores para o sucesso da acolhida dos atletas estrangeiros, dentre elas a qualidade do Centro Aquático Zé Peixe. “A estrutura do Zé Peixe se equipara a outros bons centros de treinamento do país. A nível de Brasil, as nossas instalações são ótimas. Tanto que nós temos outros estados próximos, maiores, que não receberam nenhuma delegação olímpica. Sergipe está sendo visto lá fora positivamente, com um equipamento de qualidade e receptividade muito boa. Essa é a impressão que japoneses, poloneses, ucranianos, tchecos, enfim, todas as delegações que aqui estão levarão de Sergipe e isso é muito importante para o estado”, enalteceu.
Aclimatação em Aracaju
A capital sergipana foi escolhida por oito países para o período de aclimatação. Japão, Polônia, Áustria, Belarus (antiga Bielorrússia), Cazaquistão, Ucrânia, República Tcheca e Gabão utilizaram as estruturas do Governo do Estado para treinar durante o período que antecede as Olímpiadas. Além da Arena Batistão, utilizada pela seleção japonesa masculina de futebol, o ginásio Constâncio Vieira é aproveitado pelas equipes de ginástica artística, rítmica e de trampolim do Japão, e o Parque Aquático Zé Peixe recebe delegações da Polônia, Cazaquistão, Belarus, República Tcheca e Gabão. Ao todo, vieram para Aracaju 117 atletas, além de membros de delegações e jornalistas internacionais.
Em 2014, a seleção grega de futebol também passou pela capital sergipana. Os jogadores utilizaram a Arena Batistão no período que precedeu a Copa do Mundo, ocorrida no Brasil.