Aracaju (SE), 23 de novembro de 2024
POR: Grecy Andrade
Fonte: Comunicativa Associados
Em: 28/08/2024 às 10:37
Pub.: 28 de agosto de 2024

Fisioterapeuta sergipano atuou no ciclo de preparação dos atletas para os Jogos Paralímpicos de Paris

Elenilton Souza foi o primeiro classificador funcional de Sergipe a ser certificado internacionalmente pela BWF

Fisioterapeuta sergipano atuou no ciclo de preparação dos atletas para os Jogos Paralímpicos de Paris - Foto: Comunicativa Associados

Fisioterapeuta sergipano atuou no ciclo de preparação dos atletas para os Jogos Paralímpicos de Paris - Foto: Comunicativa Associados

O fisioterapeuta lagartense, Elenilton Souza, participou diretamente dos eventos internacionais válidos pelas classificatórias dos jogos paralímpicos da França. Vários brasileiros foram acompanhados no ciclo pela equipe multidisciplinar, sendo assistidos em diversas áreas, incluindo a saúde. A última etapa oficial foi neste ano com o Mundial da Tailândia (Ásia) contando com a participação do fisioterapeuta. Ao todo três atletas paralímpicos de badminton estão nas Paralímpiadas de Paris 2024, competição que terá início nesta quarta-feira, 28 de agosto. Estão disputando os jogos pelo Brasil os atletas: Daniele Torres (Brasília), Rogério Júnior (São Paulo) e Vitor Gonçalves (Curitiba).

Em 2019, o fisioterapeuta se tornou o primeiro sergipano classificador funcional na modalidade Parabadminton, chancelado inicialmente pela Confederação Brasileira de Badminton (CBBD) e posteriormente pela Federação Mundial de Badminton (BWF) nível I, através de aprovação em um curso na Colômbia e vem contribuindo no campo da saúde para a modalidade nos últimos anos em todo o país, realizando a classificação funcional dos atletas para disputarem nas categorias da modalidade esportiva.

Elenilton explica que o objetivo da classificação é garantir sempre a igualdade de condições na disputa. Por isso, devem ser realizados exames diagnósticos e físicos; avaliação funcional, com testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição de membros e coordenação, além de exame técnico-funcional, que consiste na demonstração da prova em si, com o atleta utilizando as adaptações necessárias.

“No caso da seleção brasileira de parabadminton, quem realiza essa classificação sou eu e outros fisioterapeutas. A classificação é a base do Movimento Paralímpico, ela determina quais atletas são elegíveis para competir em um esporte e como os atletas são agrupados para a competição”, esclareceu o fisioterapeuta, que também é docente do Centro Universitário Ages, instituição pertencente ao Ecossistema Ânima.

Os atletas paralímpicos são agrupados pelo grau de limitação da atividade decorrente do comprometimento. Estão divididos em seis classes funcionais: WH1 E WH2: classes funcionais de cadeiras de rodas; SL3 E SL4: classes funcionais de pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam; SU5:  classe funcional de pessoas com deficiência nos membros superiores; SH6:  classes funcionais de baixa estatura e SI: classe funcional para atletas com deficiência intelectual (classe que não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos).

“Para ser elegível para competir, o atleta deve ter uma deficiência comprovada que seja permanente e tenha verificável limitação funcional diante dos critérios estabelecidos pela federação mundial da modalidade, além de ser aprovado na banca de avaliação funcional. Em casos de atletas limítrofes para a classificação, estes poderão ficar em revisão. Se um atleta tem uma limitação que não é permanente, ou não o impeça de competir com atletas sem deficiência, então este atleta é considerado inelegível”, completou.

O docente celebra as participações com êxito e vive atualmente um momento especial de sua trajetória profissional contando nos próximos dias com compromissos com a defesa do Doutorado em Ciências da Saúde. O fisioterapeuta membro da seleção de badminton não estará presente nas Paralimpíadas deste ano, mas destaca:

“Não tenho dúvida que nossa seleção terá um excelente desempenho. Não participarei fisicamente, mas deposito total apoio a nossa equipe para o crescimento da modalidade e estarei em contato durante os jogos. Outros colegas de profissão estarão cuidado do time lá em Paris. A minha parte como classificador e fisioterapeuta do ciclo paralímpico foi cumprida, com muitas experiências. Assim como foi na minha primeira participação em olimpíadas (Rio 2016) e em Jogos Parapanamericanos (Santiago-Chile 2023), só tenho a agradecer a oportunidade de participar de um ciclo tão importante como foi esse de Paris. Hoje parabenizamos três grandes atletas que estão representando o país e com certeza trarão medalhas”, vibrou.

Como funciona o esporte?

O badminton é estruturado para pessoas com deficiência física e compôs o programa dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez em Tóquio 2021. Para praticar a modalidade, atletas em cadeira de rodas e andantes utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários competindo em provas individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas em seis classes funcionais diferentes.


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