As principais responsabilidades de um síndico de condomínio
Funções exigem um conhecimento técnico e atenção constante aos detalhes

A função de síndico em um condomínio vai muito além da simples representação dos moradores. Ela se trata de um cargo que necessita possuir um bom conhecimento técnico, comprometimento com a administração e ter a capacidade de mediar conflitos.
Seja em edifícios residenciais ou comerciais, o síndico desempenha um papel central no funcionamento da estrutura do condomínio, atuando em áreas como gestão financeira, legal, administrativa e até operacional.
Uma das principais atribuições do profissional é a administração das finanças do condomínio. Além disso, ele é responsável por elaborar o orçamento anual, controlar as despesas, supervisionar a arrecadação das taxas condominiais e prestar contas regularmente aos condôminos.
Ainda, a transparência na gestão dos recursos financeiros é essencial para manter a confiança dos moradores e evitar problemas judiciais. Ademais, é papel do síndico negociar com fornecedores e buscar contratos vantajosos que beneficiem o coletivo, sem comprometer a qualidade dos serviços.
No campo jurídico, o síndico representa o condomínio em processos judiciais. Isso significa que ele pode ser responsável por ações como cobrança de inadimplentes, defesa em litígios trabalhistas ou mesmo processos cíveis relacionados ao condomínio.
Além disso, é fundamental que o síndico tenha conhecimento básico das normas da convenção condominial, do regimento interno e da Lei nº 4.591/64, que regula os condomínios no Brasil, além de acompanhar eventuais atualizações no Código Civil que impactem a gestão.
Na parte administrativa, ele é encarregado de convocar assembleias, elaborar atas, comunicar decisões e executar o que foi aprovado pelos moradores. Ademais, também é sua responsabilidade zelar pela manutenção da ordem e da disciplina dentro do espaço comum, aplicando advertências e multas, quando necessário, de acordo com o regimento interno.
Ainda, deve manter atualizados os contratos de manutenção, como os de elevadores, portões automáticos e sistemas de segurança.
A área operacional da função envolve o cuidado diário com a infraestrutura do prédio. Isso inclui a fiscalização da limpeza, da iluminação, da ventilação e do funcionamento das áreas comuns. A inspeção de equipamentos, a verificação de vazamentos e de infiltrações e o planejamento de manutenções preventivas fazem parte da rotina.
O síndico também precisa trabalhar com a equipe de funcionários do condomínio, organizando escalas, fazendo toda a supervisão do trabalho e, se necessário, contratando ou desligando colaboradores.
Exigências do gás encanado
Uma das responsabilidades que podem exigir uma atenção especial é a gestão do gás para condomínio. Garantir que o fornecimento seja feito por empresas qualificadas, além de verificar a segurança das instalações, são medidas essenciais para evitar quaisquer riscos e para garantir o bem-estar dos moradores.
A central de gás, quando não é administrada corretamente, pode representar um sério risco à segurança. Cabe ao síndico assegurar que sejam realizadas inspeções periódicas, verificar se os registros estão funcionando adequadamente e se há ventilação adequada no local.
O acompanhamento técnico das instalações e a substituição preventiva de componentes antigos ou desgastados são cuidados indispensáveis para evitar vazamentos, acidentes e paralisações no fornecimento.
Além disso, o encarregado deve estar atento à regularidade da empresa fornecedora e garantir que toda a instalação esteja de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Em muitos casos, é necessário emitir laudos técnicos que atestem a conformidade da estrutura, especialmente em prédios mais antigos ou após reformas.