Estudo aponta as principais tendências para empresas até 2035
Se aproximando do final deste ano, inúmeras empresas têm se dedicado a elaborar seus relatórios anuais com estimativas e tendências para os próximos anos, como é o caso do “What’s Next (Direção 2035)”, realizado pelo Ecossistema Inova, especialista no estudo de megatendências, tendências comportamentais e tendências de negócio.
O que a sua empresa pode esperar dos próximos anos? Para onde deve direcionar sua energia e recursos?
Com ampla experiência no ambiente corporativo, atuando como advisor à frente da MORCONE, auxiliando e orientando empresas familiares brasileiras, de todos os portes e variados segmentos, a se estruturarem para chegarem aos 100 anos, abordo sobre as principais megatendências para os negócios até 2035 com base na pesquisa mencionada.
Megatendências para empresas até 2035 – o que esperar?
Quais são os principais caminhos a serem trilhados pelas empresas nos próximos anos? O estudo desenvolvido pelo Inova fez um compilado das principais tendências segmentadas em seis forças motrizes:
- Tecnologia e conectividade;
- Ambiente e clima;
- Política e economia;
- Social e humano;
- Saúde e bem-estar;
- Educação, empresas e negócios.
Sobre as megatendências para empresas até 2035, veja as principais dentro das forças motrizes: Tecnologia e Conectividade e Educação, Empresas e Negócios. Vamos às principais reflexões dentro dos temas.
Tecnologia e Conectividade
Megatendências: Mundo 5.0; Tech Disruption (Disrupção Tecnológica) e Digital Global.
Mundo 5.0
Além do Mundo 4.0 que estava principalmente concentrado na automação da eficiência, o Mundo 5.0 estabelece a vivência onde a tecnologia não é apenas um instrumento que fomenta a produtividade, mas que também atua para a promoção do bem-estar humano, da sustentabilidade e da inclusão social.
Temos como exemplo do Mundo 5.0 as energias renováveis e os transportes elétricos como carros, ônibus e outros, visando a preservação ambiental e maior qualidade de vida das populações nas grandes cidades.
Este conceito foi inicialmente proposto pelo empresário japonês Koichi Nakamura, e estava diretamente ligado ao avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), blockchain e outras tecnologias.
Disrupção Tecnológica
A Tech Disruption é a mudança radical promovida por uma nova tecnologia e inovação capaz de transformar radicalmente a maneira como um setor ou mercado funcionam.
Como bons exemplos dentro dessa megatendência, temos o Uber, Spotify e a massificação da IA Generativa. Essas intensas transformações têm levado empresas a se desafiarem quando o assunto é se manter relevante no mercado por meio da inovação e da constante competitividade.
Digital Global
O crescimento e a massificação da conectividade tem ocorrido desde 2007 com o fenômeno iPhone, isso se traduz para a realidade da necessidade cada vez maior de que as pessoas, empresas e dados interajam globalmente por meio de plataformas digitais ininterruptamente.
A previsão é a de que até 2035, quem não estiver conectado ou não entender a convergência tecnológica em ação estará fora do mercado.
Isso reforça a premissa de que as empresas que se recusam a mudar estão fadadas ao “fracasso” como Nokia, Blockbuster, Kodak, dentre tantas outras que por não acompanhar as tendências de mercado, ficaram para trás.
Educação, Empresas e Negócios
Pós- Taylorismo, TrendsInnovation e Full Agile.
Pós-Taylorismo
Essa era ganhou força no pós-pandemia, e trata-se da adoção de modelos de trabalho mais flexíveis, colaborativos e centrados nas pessoas. É uma megatendência para empresas baseada na crescente adoção de novas tecnologias, na interação entre pessoas e na redefinição acerca das regras de gestão.
TrendsInnovation (Inovação com a lente das tendências)
Na pesquisa do Inova, essa megatendência é tratada como a capacidade dos negócios de anteciparem movimentos, por meio de análise de cenários como é o caso da prospectiva e foresight e de tendências como coolhunting, relacionadas à busca constante pela inovação e por se manter relevante numa era em que não mudar leva à “rápida” obsolescência no mercado.
Full Agile
A busca por desenvolver metodologias ágeis foi intensa no período da pandemia e pós-pandemia. A mentalidade ágil deixou de orbitar na esfera do desenvolvimento de software e passou a abranger todo o ecossistema organizacional, levando a constantes discussões acerca da implementação da cultura de inovação, da melhoria contínua e da capacidade de adaptabilidade da empresa em quaisquer contextos.
Avance rumo às principais megatendências para os próximos anos
Diante das megatendências para empresas, muitos gestores podem se sentir perdidos, especialmente aqueles à frente de pequenas e médias empresas (PMEs) e familiares. Sendo assim, por onde começar?
Pelo conselho consultivo, porque é ele que dará à empresa o apoio necessário e que contribuirá para que a empresa se mantenha atualizada quanto às principais megatendências, por reunir especialistas de diferentes áreas que podem contribuir com valiosos insights sobre o futuro da empresa e as principais mudanças que ocorrem no mercado.
As principais contribuições dos conselheiros para que as empresas se mantenham competitivas e atualizando suas práticas de acordo com as necessidades do mercado, incluem:
Visão estratégica – a visão externa dos conselheiros, independente das limitações operacionais do dia a dia da empresa, permite que possam identificar com mais facilidade as oportunidades de inovação, auxiliando a empresa a se antecipar frente às mudanças que ocorrem no mercado mundial;
Análise de dados e tendências – o conselho consultivo por meio de análises de mercado, que muitas vezes fogem da prioridade do negócio devido a outras urgências, permite a apresentação de relatórios e insights sobre as principais megatendências para empresas em diversas frentes (clima, ampla digitalização, ambiente de trabalho, etc.);
Capacitação da equipe interna – o conselho consultivo atua como “ponte de comunicação” entre os executivos e todas as esferas do negócio, assim também como para o desenvolvimento das equipes internas a fim de que estejam preparadas para enfrentar as constantes mudanças no mercado;
Ajuda nas tomadas de decisão – o conselho consultivo quando aliado às principais tendências globais pode apoiar a empresa na criação de estratégias a fim de adaptar suas operações, produtos e serviços, o que permite ao negócio resposta rápida aos acontecimentos no mercado, se mantendo competitivo diante das megatendências mundiais;
E outras.
A realidade de muitas empresas familiares brasileiras é a de estar em contínuo movimento de “apagar incêndios”, em parte, porque são surpreendidas pelos acontecimentos e pouco proativas frente às transformações globais.
Ter um conselho consultivo ajuda a empresa a sair de uma posição passiva para um movimento de antecipação frente às mudanças.
Vivemos na era da ampla digitalização, de mudanças frenéticas ao redor do mundo, do surgimento de novas tendências em curto espaço de tempo e, para acompanhar essas mudanças, é necessário que a mentalidade dos executivos esteja ajustada a essa realidade e uma boa maneira para facilitar o processo é ter a ajuda especializada de um conselho consultivo dinâmico e movido por novos desafios.
Para os próximos dez, vinte anos ou mais, tenha o apoio dos profissionais mais capacitados do mercado, independentes, conte com um Advisor, com um Conselheiro e construa seu conselho consultivo. Este é o primeiro passo, o pé na água, para sua empresa trilhar o caminho dos 100 anos de existência.
Carlos Moreira - Há mais de 37 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria), CCO (Diretor Comercial e de Marketing). e Conselheiro Administrativo.