Iniciação Científica no ensino médio é o futuro da pesquisa brasileira
Dezesseis alunos de cinco escolas públicas participam do programa de Iniciação Científica da Universidade Tiradentes.
Poucos sabem que é possível contribuir com a pesquisa científica ainda na escola. Através da Iniciação Científica no ensino médio, os estudantes têm a oportunidade de participar de projetos de pesquisa desenvolvidos em universidades. Normalmente, a IC é realizada por universitários, mas por meio de parcerias com escolas públicas, militares e institutos federais, são ofertadas bolsas para alunos do ensino médio.
A Universidade Tiradentes (Unit) dispõe do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq), no qual destina o Programa de Bolsas para o Ensino Médio (PROBEM/Unit), fomentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Dra. Adriana Karla de Lima - Foto: Asscom Unit
Atualmente, há 16 alunos de cinco escolas da Rede Estadual de Ensino no programa de IC da Unit. Em média, são quatro alunos por projeto. “Algumas atividades eles podem fazer na própria escola em que estudam, no horário de aula, e têm situações em que eles vêm para a universidade participar de experimentos, fazer pesquisa, usar a biblioteca. Todo o campus está acessível a eles”, esclarece.
Além da participação dos estudantes do ensino médio, a parceria da Unit com as escolas também prevê a inserção de um professor responsável por acompanhar as atividades da IC e fazer a intermediação entre o aluno e o orientador do projeto. Ao final do projeto, o professor da escola recebe um certificado de participação com horas complementares.
Para Adriana Karla, o programa de IC no ensino médio é essencial. “A gente transpõe os muros da universidade, procurando os jovens talentos que ainda nem entraram na universidade e muitas vezes se interessam a fazer ensino superior mediante essa oportunidade. Dar essa oportunidade de estarem em contato com projetos de pesquisas dentro de instituições de ensino superior é de fato fomentar o futuro da pesquisa brasileira”, afirma.
“Os nossos alunos já estão aqui fazendo iniciação, mas tem outros que precisam entrar e que tenham esse talento, essa vontade de manter a pesquisa viva. É um círculo virtuoso, acho que a palavra é essa. É fazer com que a grande roda da pesquisa gire, que novos alunos possam entrar porque é a ciência que mantém tudo funcionando”, ressalta.