Aracaju (SE), 27 de novembro de 2025
POR: Tharciana Miranda
Fonte: Conversion
Em: 27/11/2025 às 13:39
Pub.: 27 de novembro de 2025

Troca de pelo em cachorros: entenda o ciclo de renovação e como lidar com o período

Saiba por que os cães trocam de pelo, o que esse processo revela sobre a saúde deles e como cuidar da pelagem durante a mudança

Cachorro - Foto: Pexels

Quem convive com um cachorro sabe: em certas épocas, parece que o sofá, o tapete e até a roupa participam da troca de pelo. Mas essa “nevasca peluda” é natural. A troca de pelo é o modo que o organismo dos cães encontra para renovar a pelagem e se adaptar às mudanças do ambiente, como temperatura e luminosidade.

O ciclo passa por três fases principais: crescimento, repouso e queda. É como se o corpo do animal seguisse um calendário biológico, trocando o “casaco” conforme as estações. A pelagem antiga cai para dar lugar a fios novos, mais fortes e brilhantes.

Por que alguns cachorros soltam mais pelo que outros

Nem todo cão “desenha” o mesmo cenário de pelos pela casa. Raças com pelagem dupla, como o Husky Siberiano ou o Golden Retriever, costumam soltar muito mais pelo do que raças de pelo curto, como o Pinscher ou o Pug. O ambiente também influencia: cães que vivem em locais com luz natural e variação de temperatura tendem a trocar mais pelo do que aqueles que vivem em espaços climatizados.

Durante o período com o cachorro soltando muito pelo, o tutor pode se assustar com a quantidade de fios espalhados, mas, na maioria das vezes, é apenas o ciclo natural de renovação. Estudos da Fisiocare Pet indicam que o auge da mudança costuma ocorrer duas vezes por ano, entre o outono e a primavera, quando o corpo do animal se ajusta às novas condições climáticas.

Cuidados diários para um cachorro soltando muito pelo

Se o seu cão está deixando rastros de pelos por onde passa, é hora de reforçar a rotina de cuidados. A escovação regular é o segredo para manter o controle. Ela remove fios soltos antes que se espalhem e ainda estimula a circulação da pele. Raças de pelo longo podem precisar de escovações diárias, enquanto cães de pelo curto se beneficiam de duas a três vezes por semana.

Outras medidas simples ajudam bastante, como:

  • banhos na frequência adequada, com produtos específicos para cães;

  • alimentação equilibrada, rica em nutrientes que fortalecem a pelagem;

  • ambiente limpo e arejado, para evitar o acúmulo de pelos mortos.

O ritual de cuidados não é apenas estético. Ele cria um momento de conexão entre tutor e animal, quase como uma “terapia de escova”, que fortalece o vínculo e garante o bem-estar do pet.

Alimentação e saúde: como influenciam na pelagem

A beleza do pelo de um cão reflete o que acontece por dentro. Uma dieta equilibrada, com boas fontes de proteína, ômega 3 e vitaminas, ajuda a manter os fios fortes e brilhantes. Já deficiências nutricionais podem causar queda excessiva, opacidade e até irritações na pele.

Se a queda de pelos ultrapassar o normal, é sinal de que algo pode estar fora do equilíbrio. Problemas hormonais, parasitas, estresse ou alergias alimentares estão entre as causas mais comuns. É como se o corpo do cachorro usasse a pelagem como um termômetro da saúde – quando algo não vai bem, os pelos denunciam.

Quando buscar orientação veterinária

A queda de pelo é natural, mas certos sinais pedem atenção. Se o cão apresenta falhas na pelagem, coceira intensa, vermelhidão ou feridas, o ideal é procurar um veterinário. Esses sintomas podem indicar dermatites, alergias ou outras condições que exigem tratamento.

Com o acompanhamento certo, o tutor consegue distinguir o que é parte do ciclo natural e o que merece cuidado. A troca de pelos, afinal, é um lembrete de que o corpo do animal está vivo, se renovando, pronto para as próximas estações. Saber entender esse processo e agir com atenção transforma um período de sujeira e preocupação em mais um gesto de cuidado e afeto entre tutor e pet.

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