"Empresários estão se preparando para detonar diretor financeiro que vem exigindo uma bufunfazinha"
Política, Etc. & Tal :: Por José Lima Santana
José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br
Jos Lima Santana - Foto: ClickSergipe
Hillary Clinton, que perdeu a disputa para Obama, oito anos antes, nas primárias para a corrida à Casa Branca, mas, que, antes, quase perdeu o marido, no caso da estagiária Mônica Lewinsky, que se enrolou com o então presidente Bill Clinton, e que, por sua vez, se a Hillary ganhar a eleição presidencial do ano que se aproxima, passará a ser o primeiro “primeiro-damo” norte-americano, é a minha favorita para 2016. Afinal, eu nunca torço pelos republicanos. Os democratas são menos conservadores. Dos males, o menor.
Eleições na Venezuela
Depois de amargar uma grande derrota nas eleições parlamentares, o presidente Maduro (que deveria apodrecer de tão maduro) inventou duas saídas formidáveis, para não dizer sacanas: impugnar a vitória de 26 deputados e convocar uma espécie de parlamento de segunda categoria, formado por forças sociais, o Parlamento Comunal, que terá funções legislativas. Um parlamento paralelo... Os tiranetes de direita ou de esquerda que se encastelam no poder ainda haverão de fazer da América Latina a latrina da América.
Aqui, no Brasil, fala-se em golpe contra Dilma. Ok. O que dizer, então, dessas manobras de Maduro contra o Parlamento legitimamente eleito, no início do mês?
Eleições na FIFA e na CBF
Dá para falar em eleições nessas duas respeitabilíssimas entidades do futebol? Em ambas, a situação é mais feia do que colocar titica de elefante no ventilador.
Levy levou
O ministro Joaquim Levy foi-se embora e levou com ele a esperança de parte do mercado. Levou, também, o escárnio dos petistas que o queriam longe do governo.
Lambuzados
O ano termina com muitos lambuzados às claras. Os lambuzados não são apenas petistas, não. Há outros. Muitos outros, petistas ou não. Há peemedebistas (e como os há!), há tucanos... Enfim, há políticos nos mais diversos partidos que nos envergonham. Com certeza, haverá outros lambuzados a terem suas caras à mostra. Com certeza. Alguns políticos, contudo, se salvam. Quantos serão estes?
Dilma respira. Até quando?
Mais perdida do que cego em briga de foice no escuro, Dilma Rousseff respirou, no ocaso de 2015, por obra e graça da compreensão jurídica de seis dos onze ministros do STF e de parte do PMDB. No caso do partido “aliado”, deveras partido, qual o custo? Ela está respirando. Todavia, até quando o balão de oxigênio que lhe arrumaram, vai funcionar? O problema é que ela não sabe mexer nesse balão... O balão da política. Ela precisa de ajuda. De muito mais ajuda.
E o Cunha?
Esse está atravessando o desfiladeiro do Grand Canyon da bagaceira política nacional. Tentou acunhar e vai sair acunhado. Que outros lhe sigam!
Já em Sergipe...
Comenta-se nos becos e ruelas de Aracaju que um grupo de três pequenos empresários de ramos diferentes da atividade econômica, mas que prestam serviços a uma autarquia estadual, estão se preparando para detonar o diretor financeiro que vem exigindo uma bufunfazinha para liberar cada fatura de serviços, fornecimentos e obras. Cerca de dez pequenos empresários foram convidados para uma reunião, mas apenas três, por enquanto, decidiram abrir o jogo. Estariam, dizem, juntando material cheio de glicerina. No rastro desses três, todavia, outros virão. É o que dizem por aí. Se for verdade, vai feder a latrina suja.
De uma beneficiária do IPESAUDE
De uma senhora beneficiária do IPESAUDE, ouviu-se o seguinte, na antevéspera de Natal, numa clínica prestadora de serviços: “O IPES está num buraco danado, mas pior é não ter IPES e cair no abismo do SUS”. É... Pode ser.
Em Sergipe mata-se por brincadeira
Um delegado de polícia da Paraíba, casado com uma ex-aluna minha, disse-me, no último domingo, em Dores: “No meu estado tem-se matado muito, porém, aqui, em Sergipe, estão passando da conta. Estão matando por brincadeira”.
A propósito, no início da noite da véspera de Natal, um vizinho meu foi estupidamente assassinado por um bandido, na Rua da Prefeitura, que liga as duas Praças principais da cidade: a da Matriz e a do Comércio. Um cenário triste, que cresce dia a dia.
A ADEMA no olho do furacão?
Qual nada! No olho do furacão estão empresas que não cumprem a legislação ambiental. Pelo que eu ouvi dizer, havia muitos processos dormindo nos armários da ADEMA. Dizem que o presidente Almeida Lima mandou passar um espanador sobre os processos. Há várias empresas que precisam ajustar suas atividades, no que respeita às questões ambientais. Algumas já pegaram a sua parte, ou seja, estão com os nomes na rua. E são grandes empresas.
Um sujeito com “perna quebrada” diante da ADEMA, ou seja, que tem contas a ajustar, perguntou-me, descaradamente, se o presidente da entidade estadual do Meio Ambiente é bom de conversa. Eu disse que sim, desde que cada um cumpra com o que preceitua a legislação. Ponto final. O sujeito murchou as orelhas como jegue manhoso. Toma, cabrunco!
Mudanças pré-anunciadas
Continuam as especulações sobre as possíveis mudanças que Jackson Barreto fará em sua equipe de auxiliares. Longe está fevereiro. Entretanto, JB deve ter em mente a saída de alguns auxiliares que se candidatarão, ou tentarão se candidatar? E por isso aguarda fevereiro? Pode ser.
O certo mesmo é que Jackson precisa dar uma sacudida em parte de sua equipe. Precisa oxigenar. Tem gente que precisa arrumar as malas. Tem gente que precisa estar mais perto do governador, a fim de ajudá-lo muito mais.
Momento difícil
Pois é. JB assumiu o governo, como candidato eleito para tal, sem contar o mandato tampão de um ano e um mês, no momento mais crítico da vida política e econômica do país. Ele foi incentivado pelos amigos e correligionários a disputar a eleição do ano passado. Aceitou o desafio. Agora, os amigos precisam ajudá-lo com maior firmeza. O desafio está aí. Muita gente se volta para a primeira gestão de JB à frente da Prefeitura de Aracaju. Para os problemas. Não se quer saber, por exemplo, do impulso que ele deu na área da educação. E ninguém fala de sua segunda gestão, à frente da PMA. Por quê? Porque ninguém teria o que dizer em sentido contrário. Ele saiu incólume da gestão, um ano e três meses depois de ter assumido o cargo de prefeito, para se candidatar ao governo do estado.
É tudo um ‘repeteco’, guardadas as proporções
Em 1993, ao assumir a PMA pela segunda vez, JB enfrentou um momento difícil. Os primeiros meses foram de “matar”. Desolação total. Aos poucos, porém, as coisas foram se arrumando. Ele cobrava dos secretários, que tinham que dar conta do recado. E deram. Como prefeito, ele se credenciou para disputar uma das eleições mais duras da vida política sergipana, em 1994. Uma eleição que ele não ganhou sabe-se lá por quê.
Ora, guardadas as proporções, a situação agora é parecida. Muitas são as dificuldades. Esmorecer? Não. Tocar o barco. Tomar o leme com firmeza. Ir em frente. Vencer borrascas. Vencer tormentas. JB precisa, porém, de mais ajuda daqueles que lhe auxiliam.
João Alves e a reeleição
Eis outro que precisa de maior ajuda de alguns dos auxiliares diretos, a fim de que se apresente em melhor situação na eleição do ano que vem. Reeleição nunca é fácil. Especialmente para quem precisa de outras pernas, além das suas.
A sacada de colocar a senadora Maria do Carmo à frente da Ação Social não foi ruim. Maria é danada. Pensa e age. Isso não ocorre com todos os secretários de João.
João e Jackson?
JB já disse que não. Isso é ponto final?
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(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.
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