Valadares fala sobre crise do milho em Sergipe e cobra ajuda de autoridades competentes
Valadares fala sobre crise do milho em Sergipe e cobra ajuda de autoridades competentes (Foto: Marcos Oliveira/Agncia Senado)
O senador Antonio Carlos Valadares fez, nesta tarde, no Plenário, um registro sobre a crise hídrica que assola o Semiárido sergipano e que está causando sérios prejuízos à produção agrícola, sobretudo milho. Valadares destacou que a expectativa positiva de recorde de produção em 2016 deu lugar a frustração devido a insuficiência de chuvas na região.
“O então otimismo reinante no setor pode ser aferido pela expansão da área plantada para cerca de 200 mil hectares de milho no Estado de Sergipe. Mas, já há uma perda de 50% da produção de milho prevista para este ano no Estado, o que configura um cenário devastador”, disse. Segundo Valadares, os efeitos e danos recaem sobre uma cadeia produtiva que engloba mais de 20 Municípios, entre eles Simão Dias, Frei Paulo, Ribeirópolis, Carira, Pinhão, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Aparecida, Poço Verde e Riachão dos Dantas.
“A estiagem resultará em um prejuízo calculado em torno de R$ 600 milhões. Os problemas não se relacionam unicamente aos investimentos que não prosperaram. Mas, acrescentem-se, aí, as inquietantes consequências sociais para todos aqueles envolvidos, direta ou indiretamente, no processo produtivo”, afirmou.
Para o senador, diante desse quadro desolador, é necessário envidar esforços, adotar medidas reparadoras com a finalidade de mitigar os efeitos danosos da seca aqui apontados. “Os principais pontos elencados pelos produtores de milho preveem a decretação de estado de emergência nos Municípios atingidos, a renegociação das dívidas com os bancos, além da agilidade nos trâmites do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), programa administrado pelo Banco do Brasil, que consiste em um seguro pago pelos produtores para cobrir despesas decorrentes de fenômenos naturais que atinjam plantações”, declarou.
O senador também solicitou que as autoridades responsáveis, como Ministério do Planejamento, Ministério da Fazenda, Banco do Nordeste e Banco do Brasil somem-se ao esforço da produção sergipana para resolver e mitigar a situação.