Eduardo Amorim discute dívidas dos estados nordestinos com ministro da Fazenda
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) esteve no final da tarde da sexta-feira (26) em audiência com o ministro da Fazenda, Henrique Meireles. O parlamentar estava acompanhado dos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Flexa Ribeiro (PSD-PA) e José Medeiros (PSD-MT) e dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, do Piauí, Wellington Dias e do Pará, Simão Jatene.
Eduardo Amorim discute dvidas dos estados nordestinos com ministro da Fazenda (Imagem: Assessoria Eduardo Amorim)
Entre os pontos solicitados pelos governadores e senadores esteve a desoneração do fundo de exportações, por conta da Lei Kandir. O ministro afirmou que irá repassar no início da semana, o cronograma, caso esteja na programação. Foi solicitado, ainda, a abertura de um limite para operações de crédito.
Sobre o cronograma, em relação aos recursos da repatriação, Henrique Meireles afirmou que até o dia 31 de outubro o Ministério terá os dados relacionados a esse ponto e parte desses valores serão repassados aos estados, através do Fundo de Participação dos Estados (FPE). “A situação da grande maioria dos estados brasileiros é calamitosa, com dificuldades de pagar a folha de inativos e funcionários”, disse o senador Eduardo.
Para o governador de Goiás, Marconi Perillo, aproximadamente 11 estados já anunciaram que nos próximos meses não terão condições de pagar a folha. “Há uma situação difícil em função da grave crise econômica instalada no Brasil”, afirmou.
Decisões
Entre as alternativas, a liberação do teto de financiamento, ou seja, cerca de R$ 20 bilhões para os estados que possuem avaliações positivas. O governador do Piauí, Wellington Dias, solicitou a viabilidade para que se haja um tratamento diferenciado para estes financiamentos. “Manter a taxa de avaliação, mas que se retire a burocracia, que em muitas vezes impede a liberação de contratos de empréstimos”, explicou.
Produtores de milho
Os senadores sergipanos solicitaram, ainda, que seja analisada a possibilidade de encaminhamento de voto, ao Conselho Monetário Nacional (CMN), propondo a prorrogação das parcelas de custeio e de investimento, para os produtores de milho sergipanos e da mesorregião da SEALBA, que foi concedido por meio de recursos do crédito rural, do FNE e do Programa de Sustentação do Investimento Rural.